MST garante cesta básica a eleitora de Lula humilhada por bolsonarista

MST garante cesta básica a eleitora de Lula humilhada por bolsonarista

Integrantes da coordenação regional do Movimento Sem Terra (MST) localizaram a eleitoral Ilza Ramos Rodrigues, moradora do Itapeva, no interior de São Paulo. A mulher vai ganhar uma cesta de produtos saudáveis, além de alimentos pelos próximos seis meses. 

A mulher foi humilhada por um apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o agricultor Cássio Cenali, que negou assistência após declaração dela de que votaria em Lula (PT). 

“Já sabemos onde está essa mulher, estamos acolhendo, mantendo contato na cidade de Itapeva. Nós temos um trabalho muito próximo com a Cáritas, movimentos sociais e de solidariedade durante à pandemia, com a turma do MST que fica na região. Uma rede de solidariedade que vai apoiar e acolher essa senhora”, disse Padilha, que ressaltou que, “mais uma vez, fica claro que a rede bolsonarista não tem a melhor compaixão pelas pessoas”.

A articulação do auxílio foi feito pelo ex-ministro e deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) em conversa com João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST. A informação foi confirmada por Rodrigues ao Fórum

Em nota, o MST de Itapeva afirma que ‘’a ordem é ninguém passar fome’’. “Está circulando na internet um  vídeo no qual uma senhora é humilhada por um bolsonarista por ter declarado seu voto em Lula. O MST da Regional Sudoeste (SP) se solidariza com todas as famílias que sofrem com a fome e, em especial com a Dona Ilza. Por isso, nos  propomos a doar alimentos da reforma agrária, produzidos pelas famílias assentadas. A ordem é ninguém passar fome. Progresso é o povo feliz!”, diz o texto 

Relembre o caso

Ilza Ramos provocou uma onda de solidariedade nas redes sociais após ser humilhada por um apoiador do Bolsonaro que filmou o momento em que entrega cesta básica e diz a mulher que ela não ‘’receberia mais marmita’’ por declarar voto em Lula. 

Veja o vídeo:

 

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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