O MST intensificou invasões após a visita de Lula a um acampamento, realizando mais de 70 ações em todo o Brasil. O movimento pressiona por reforma agrária e critica o agronegócio.
Intensificação das Ações de Protesto
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) intensificou suas ações de protesto e invasões em todo o Brasil, apenas entre os dias 11 e 14 de março, promovendo mais de 70 manifestações. Essas mobilizações ocorreram em resposta à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a um acampamento do movimento, onde ele ouviu críticas e reforçou a importância da reforma agrária.
Jornada de Luta das Mulheres Sem-Terra
As invasões fazem parte da Jornada de Luta das Mulheres Sem-Terra, que visa denunciar a violência sexual no campo e pressionar o governo por mais agilidade na reforma agrária. O MST ocupou terras em estados como Bahia, Espírito Santo e Ceará, escolhendo áreas consideradas improdutivas ou ligadas ao agronegócio. No Espírito Santo, por exemplo, mil mulheres acamparam em uma área pertencente à empresa Suzano, em Aracruz.
Reintegração de Posse e Reações da Empresa
A empresa Suzano classificou a ocupação como ilegal e conseguiu uma liminar para a reintegração de posse. A justiça de Aracruz entendeu que a invasão viola o direito de propriedade, determinando a desocupação imediata da área.
Preparativos para um Abril Vermelho
O MST também está preparando um “Abril Vermelho” mais intenso, lembrando o massacre de Eldorado dos Carajás, quando 19 sem-terra foram assassinados em 1996. O movimento expressa insatisfação com o ritmo das desapropriações prometidas pelo governo e pede a demissão do ministro Paulo Teixeira, alegando falta de prioridade à reforma agrária.
Orçamento e Demandas do MST
O governo Lula remanejou R$ 40 bilhões no Orçamento de 2025 para beneficiar aliados e programas petistas, incluindo R$ 750 milhões para o MST. No entanto, o movimento considera essas medidas insuficientes.