Mudança do clima é ameaça grave para 78% dos times das Séries A, B e C do Brasil
No contexto do futebol brasileiro, a mudança do clima representa uma ameaça significativa para cerca de 78% dos times que competem nas Séries A, B e C. Esses clubes estão localizados em municípios suscetíveis a eventos climáticos extremos, o que pode resultar em perdas substanciais no valor de mercado, estimadas em R$ 69 bilhões ao longo dos próximos 25 anos.
É alarmante observar que enchentes são identificadas como a principal ameaça enfrentada pelos clubes, conforme apontado em um estudo divulgado pela consultoria ERM (Environmental Resources Management) e pelo Terra FC, uma coalizão global comprometida em mobilizar o futebol em prol do meio ambiente. Eventos climáticos como enchentes, inundações, ondas de calor, queimadas e secas estão se tornando mais frequentes e intensos, refletindo as mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global.
Diante desse cenário desafiador, é essencial ressaltar a falta de um plano nacional no Brasil para lidar com os desastres climáticos, o que amplifica a vulnerabilidade dos clubes de futebol. A ausência de medidas preventivas e de preparação adequada coloca em risco não apenas o patrimônio esportivo, mas também a segurança e bem-estar dos torcedores e comunidades envolvidas.
A falta de infraestrutura resiliente e a localização dos estádios em áreas urbanas com solo impermeável contribuem para a ampliação dos impactos causados por eventos climáticos extremos. Clubes emblemáticos como Botafogo, Flamengo, Fluminense, Vasco, Náutico e Sport estão entre os mais ameaçados pelas enchentes e inundações cada vez mais intensas, sendo necessários investimentos substanciais de cerca de R$ 3 bilhões para reparos e prevenção ao longo dos próximos 25 anos.
A conscientização sobre a urgência da ação para mitigar os efeitos das mudanças climáticas é essencial, não apenas para proteger o futebol brasileiro, mas também para preservar o legado esportivo e garantir a segurança das comunidades impactadas. É fundamental que medidas eficazes sejam implementadas para a adoção de práticas sustentáveis e a resiliência dos clubes diante dos desafios climáticos crescentes.
A necessidade de investimentos em infraestrutura, logística e medidas de adaptação se torna cada vez mais premente, pois o futebol do Brasil corre o risco de perder bilhões em valor de mercado e de enfrentar consequências devastadoras caso as mudanças climáticas não sejam enfrentadas com determinação e cooperação entre os diversos setores envolvidos. A união de esforços em prol da sustentabilidade e da resiliência é fundamental para assegurar a preservação do esporte e a proteção das futuras gerações de torcedores.