Mudança em lei estadual sobre ICMS encarece gás de cozinha em até 23%

gás

O gás de cozinha terá reajuste de até 23% em Goiás a partir da próxima segunda-feira, 1º. O encarecimento do produto ocorre quatro meses após votação dos deputados estaduais, que incluíram uma normativa no Código Tributário Estadual (CTE). Eles autorizaram a tributação monofásica do ICMS também sobre o diesel e o biodiesel. Na prática, a base de cálculo será única no Brasil.

 

O atual  preço médio do gás de cozinha no Brasil é de R$ 107,56. O valor é formado pelo custo da distribuição e revenda (48,1% do valor total), ICMS (12,9%) e  a parcela da própria Petrobras (39%). O valor do quilo do chamado Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) passa a ser de R$ 1,2571, enquanto o diesel e do biodiesel serão de R$ 0,9456 por litro. O novo modelo terá como ICMS médio de R$ 16,43 em Goiás (antes era de R$ 14,23). A adequação entra em vigor com um mês de atraso, já que deveria ter sido implementada em 1º de abril, conforme previa a Lei Complementar 192.

 

A perspectiva de alta percentual é maior no estado em relação à projeção nacional de 14,9% feita pelo  Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). Nacionalmente, o topo do ranking é ocupado por Mato Grosso do Sul com 84,5%. Apenas seis unidades da federação não sofrerão impacto das atualização tributária e em outras três haverá redução de preço.

 

O cronograma atualizado considerou não somente ajustes nas unidades da federação em relação à nova tributação, mas ainda o risco ao abastecimento por causa da adoção de outros requisitos técnicos e regulatórios agora exigidos. Na prática, a alíquota do ICMS deixa de ser cobrada com base em um percentual definido pelos estados, passando para um valor fixo em reais por quantidade. No caso do gás, por quilo; do diesel e do biodiesel, por litro. Esses valores serão revisados a cada seis meses.

 

Reflexo da alíquota nacional do ICMS

-Sem alteração: Acre, Ceará e Espírito Santo

-Redução de preço: Santa Catarina (21,2%), Minas Gerais (18,7%) e Rio Grande do Norte (1,4%)

-Alta de preço: Mato Grosso do Sul (84,5%), Bahia (77,3%), Sergipe (56,2%), Rio de Janeiro (49,8%), Amapá (44,9%), Rio Grande do Sul (35,1%), São Paulo (28,5%), Distrito Federal (23%) e Goiás (23%)

 

Fonte: Sindigás

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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