A oscilação de temperaturas neste mês de maio associada ao tempo seco pode causar impactos negativos na saúde dos goianienses. Apesar de ainda estarmos no outono, o frio da semana passada fez com que muitas pessoas vivessem uma sensação de inverno. No entanto, nesta última terça-feira (24), o calor voltou a fazer parte do dia a dia no estado. No entanto, a umidade relativa do ar permanece entre 18% e 85%. De acordo com a médica Imunologista e alergista, Dra. Patrícia Marques, a constante mudança do tempo deixa as pessoas mais suscetíveis a gripes, agravamento dos quadros de asmas, rinites e sinusites.
“As doenças respiratórias e as infecções virais ficam mais agravadas e pode levar a pessoa a ter dificuldade respiratória, tosse, rouquidão e isso agrava muito a saúde, deixa a pessoa debilitada”, explicou a médica.
A umidade do ar baixa também é um fator de risco para a população. Segundo pesquisadores, o ideal para o bem estar humano é uma umidade relativa do ar entre 60% e 80%, cenário bem distante da realidade em Goiás, onde os índices apontam 18% a 85%, segundo o Centro de de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Além disso, o sistema imunológico precisa ”trabalhar” um pouco mais para manter o corpo saudável.
“Nós estamos com 20% (umidade do ar), então assim, é uma situação de calamidade. O organismo realmente não suporta essa umidade muito baixa”, ressalta a especialista.
Prevenção:
Esse agravo na saúde pode ser, no entanto, prevenido com cuidados simples como: uso de umidificador de ar, toalhas molhadas, uso de soro nasal e nebulização com soro.
“A gente pede pra usarem os umidificadores, para tentar melhorar a taxa de umidade relativa do ar pelo menos dentro de casa…. Esse umidificar tem que ficar sempre em uma parte mais elevada do quarto, porque essas partículas de água, por serem mais pesadas, a tendência delas é descer. Se não tem umidificar, vamos colocar a própria toalha de banho. Molha ela antes de dormir, coloca no quarto e no outro dia a pessoa vai ver que ela estará seca”, explicou Patrícia.
Além disso, Patrícia ressalta a importância da hidratação, seja ela nasal, pulmonar e via oral. A ingestão adequada de água é fundamental para evitar a desidratação.