Mudanças na lei facilitam participação da mulher na política

“O Emponderamento Feminino e a Participação da Mulher na Política Brasileira” é o tema de uma palestra que acontece nesta quinta-feira, 22, no Auditório Eli Alves Forte, da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Goiás (OAB-GO), com o objetivo de esclarecer as mudanças que ocorreram na lei, garantindo uma maior participação de mulheres na eleição deste ano.

A discussão foi idealizada pelo advogado, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político e presidente do Instituto Goiano de Direito Eleitoral (IGDEL), Danilo de Freitas. Segundo ele, a participação da mulher na política brasileira é pequena, mas este cenário tende a mudar. É que o Supremo Tribunal Federal estabeleceu, na última quinta-feira, 15, que pelo menos 30% dos recursos do Fundo Partidário seja usado pelas legendas para financiar a candidatura de mulheres. O percentual é o mesmo da proporção mínima de candidaturas de mulheres por partido exigida por lei.

Segundo o advogado Danilo de Freitas, a mulher tinha interesse em se candidatar, mas encontrava resistência no uso de verbas do partido na eleição e muitas vezes era deixada de lado pela legenda, o que desestimulava a participação feminina na política brasileira. “Por lei, isso não vai mais ocorrer. Os partidos são obrigados a destinar recursos para a candidatura feminina”.

Outra mudança na lei é a destinação de tempo para as mulheres candidatas nos programas dos partidos no rádio e na televisão. “Na televisão este tempo é de 25% do total do partido”, esclareceu. Todos os aspectos jurídicos com relação às alterações legais que garantem a participação da mulher a partir das eleições deste ano serão abordados no evento.

A palestra promovida pela OAB/GO, Escola Superior da Advocacia (ESA/GO), Comissão da Mulher Advogada, Comissão de Direito Eleitoral, Escola Judicial Eleitoral do TRE-GO e Instituto Goiano de Direito Eleitoral, conta com a participação da vice-governadora do Piauí e filiada a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (ABRADEP), Dra. Margarete de Castro Coelho; além da senadora goiana Lúcia Vânia Abrão Costa; da deputada estadual Lêda Borges de Moura e da vereadora Dra. Cristina Lopes Afonso, que vão falar dos desafios pessoais em suas carreiras políticas.

A advogada eleitoralista de Brasília e membro da Abradep, Dra. Gabriela Rollemberg, que também participa da palestra, fala de sua atuação como incentivadora das mudanças na lei para que a participação da mulher na política nacional fosse ampliada.  São palestrantes também a advogada e presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB-GO, Dra. Ariana Garcia do Nascimento Teles; o presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral da OAB-GO, Danilo de Freitas; e o presidente da Comissão de Direito Político e Eleitoral da OAB-GO, Dr. Janúncio Januário Dantas.

A palestra acontece entre 18 horas e 20h30, no auditório da sede da OAB-GO e a entrada é gratuita, contudo, o número de vagas é limitado. As inscrições podem ser feitas no site www.oabgo.org.br

Segundo os organizadores, é esperada a participação dos segmentos femininos dos partidos políticos, mulheres com vontade de seguir carreira política e estudantes em geral, a quem serão fornecidas Declaração de Presença e Certificado de Participação no evento.

Serviço:

Assunto: Palestra O Emponderamento e a Participação da Mulher na Política Brasileira.

Data: 22/03/2018, quinta-feira

Horário: das 18 horas às 20h30
Local: Auditório Eli Alves Forte, sede da OAB-GO
Endereço: Rua 1121, 200, Setor Marista
Vagas limitadas
Entrada gratuita
Inscrições: http://www.oabgo.org.br/esa/eventos/goiania/22-03-o-empoderamento-e-a-participacao-da-mulher-na-politica-brasileira/

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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