‘Mudar efetivamente os hábitos’, diz especialista sobre obesidade

“A obesidade pode estar relacionada às chamadas comorbidades, doenças que são predispostas ou agravadas pela obesidade, tais como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, artroses, AVCs (derrames), dentre outras”

O dia 11 de outubro foi o escolhido para celebrar o Dia Mundial de Combate à Obesidade. Em entrevista ao jornal Diário do Estado o médico cirurgião e endoscopista Marcius Vinícius explicou a importância dessa data. “Se torna fundamental perante os números assustadores, já que alerta toda a população do mundo sobre a importância dos hábitos saudáveis na prevenção da doença, considerada, hoje, pela Organização Mundial da Saúde como uma epidemia”, afirma.

Segundo dados da OMS pelo menos um bilhão de pessoas no mundo apresenta excesso de peso, das quais, 300 milhões são obesos. Já a Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada pelo IBGE aponta aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade no Brasil, atingindo os valores de aproximadamente 49% e 15% da população, respectivamente. Além disso, ao longo de 34 anos, existe um aumento de sobrepeso de três vezes para homens e duas para mulheres.

A obesidade é uma condição que carrega um risco maior de diminuição da expectativa de vida, segundo Marcius Vinícius. “A obesidade pode estar relacionada às chamadas comorbidades, doenças que são predispostas ou agravadas pela obesidade, tais como hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, artroses, AVCs (derrames), dentre outras”, completa. Esta situação compromete a saúde e qualidade de vida e pode desencadear sentimento de tristeza, desânimo e desespero, acrescenta o especialista.

Sem cirurgia

O médico afirma que é possível emagrecer de maneira saudável sem se submeter a uma cirurgia. Existem métodos que auxiliam a recuperação do peso ideal. Para isso, a combinação de alguns fatores é fundamental. Marcius Vinícius dá a primeira dica. “Ter uma alimentação saudável é primordial para qualquer pessoa que queira eliminar peso e ganhar qualidade de vida”, analisa. Ele lista ainda a prática de exercícios físicos.

Marcius Vinícius explica ainda que existem procedimentos que auxiliam neste processo como a colocação do balão intragástrico. “O sistema de emagrecimento do balão intragástrico não é um procedimento cirúrgico, mas sim ambulatorial endoscópico ,com sedação não sendo necessário a internação”, conta. Mas, seja qual for a necessidade, ter o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar “é essencial que ocorra uma mudança efetiva de hábitos, para assim alcançar e manter o peso ideal”, finaliza.

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Quase 19% das pessoas que tiveram covid-19 têm sintomas persistentes

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde mostra que 18,9% das pessoas que já foram infectadas pela covid-19 relatam sintomas persistentes da doença, como cansaço, perda de memória, ansiedade, dificuldade de concentração, dores articulares e perda de cabelo. Os sintomas pós-covid aparecem com mais frequência entre mulheres e indígenas. 

A pesquisa Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de Covid-19 no Brasil, apresentada nesta quarta-feira, 18, mostra que mais de 28% da população brasileira, o equivalente a 60 milhões de pessoas, relatou ter sido infectada pela doença.

Vacina

De acordo com o estudo, a vacinação contra a covid-19 teve adesão de 90,2% dos entrevistados, que receberam pelo menos uma dose e 84,6% completou o esquema vacinal com duas doses. A vacinação foi maior na Região Sudeste, entre idosos, mulheres e pessoas com maior escolaridade e renda.

Entre os entrevistados, 57,6% afirmaram confiar na vacina contra a convid-19, mas a desconfiança das informações sobre o imunizante foi relatada por 27,3% da população. Outros 15,1% disseram ser indiferente ao assunto.

Entre aqueles que não se vacinaram, 32,4% disseram não acreditar na vacina e 0,5% não acreditam na existência do vírus. Outros 31% relataram que a vacina poderia fazer mal à saúde; 2,5% informou já ter pego covid-19 e 1,7%, outros problemas de saúde.

Pesquisa

O Epicovid 2.0 foi conduzido em 133 cidades, com uma amostra de 33.250 entrevistas. As pessoas entrevistadas foram selecionadas aleatoriamente, com apenas uma pessoa por residência respondendo ao questionário.

Sob coordenação do Ministério da Saúde, a pesquisa foi realizada pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), com participação da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Fundação Getulio Vargas (FGV).

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