Mulher que acusa influenciadora de Ribeirão Preto de ameaças está abalada e com medo, diz advogada
Lais Oliveira publicou vídeos nas redes sociais dizendo ‘saber onde encontrar’ seguidora. Defesa da vítima diz que vai pedir medida protetiva.
A seguidora que denunciou Lais Oliveira após dizer que não recebeu o prêmio de R$ 15 mil em um sorteio on-line afirma que está abalada com novas publicações da influenciadora de Ribeirão Preto (SP), onde ela diz que ‘sabe onde encontrá-la’ e ‘sabe onde é a igreja dela’.
Segundo a advogada da vítima, Hevelin Clair de Castro, a mulher, que tem medo de ser identificada, deixou de frequentar lugares públicos com a família e vai pedir na Justiça uma medida protetiva para que Lais seja impedida de se aproximar dela.
“Ela está bem abalada. Ela tem ido ao trabalho, trocou de trabalho, mas ambientes públicos que corra o risco, inclusive a igreja que foi citada, não tem ido mais por medo. Agora ela mesma [Lais] mostrou que, se acontecer algo com ela, está na cara para quem quiser ver”.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a defesa de Lais negou que a influenciadora tenha ameaçado a seguidora.
A advogada disse que orientou a mulher a registrar um novo boletim de ocorrência contra a influenciadora e agora vai entrar na Justiça para pedir uma indenização por conta do valor do prêmio não recebido e também por dano moral.
“Vamos para a esfera civil, para que ela repare. Tanto pague o que deve, quanto repare esse dano e a extensão que ela vem trazendo. Em vez de trazer uma solução, só estendeu mais”.
Lais e o marido, Eduardo Veloso, foram denunciados pelo Ministério Público de Alagoas por integrar um grupo envolvido na prática de crimes contra a ordem econômica, lavagem de bens e exploração de jogos de azar a partir da divulgação do “jogo do tigrinho”.
Segundo o MP, Lais e Eduardo estampariam as imagens de publicidade do esquema fraudulento e também eram divulgados nos stories de uma das investigadas, que é mulher do chefe da organização criminosa.
O DE entrou em contato com o órgão, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O Tribunal de Justiça de Alagoas, onde corre o processo, disse que não poderia passar informações pois o caso tramita em segredo.