Mulher é condenada a mais de 12 anos de prisão por morte da família Monare na
BR-050; cabe recurso da decisão
O julgamento de Stefânia Andrade Resende ocorreu nesta quarta-feira (24), em Araguari. A tragédia foi registrada em 2018, quando pai, mãe e um filho do casal morreram e outro foi resgatado dois dias depois às margens da rodovia.
Stefânia Andrade Resende foi condenada a 12 anos e 6 meses de prisão em regime fechado pela morte da família Monare na BR-050. A condenação por triplo homicídio ocorreu após julgamento realizado nesta quarta-feira (24), no Fórum de Araguari.
De acordo com o advogado dela, Myqueias Balbino Mendes, a ré mora atualmente em São Paulo e está desempregada, por isso não estava presente no julgamento. Um mandado de prisão contra a condenada foi expedido.
O advogado também afirmou que provavelmente recorrerá da decisão.
Stefania conduzia o carro que bateu no veículo da família em 7 de outubro de 2018, na BR-050. Pai, mãe e o filho mais velho morreram. Apenas o caçula, de seis anos, sobreviveu.
Um caminhoneiro que trafegava pela rodovia encontrou a criança às margens da pista dois dias depois do acidente e a socorreu. Segundo ele, o menino contou que “escalou uma montanha a noite toda”.
Durante o julgamento, a acusação apresentou provas e defendeu que a ré respondesse pelos homicídios e tentativa de homicídio. Em seguida, foi a vez dos advogados de defesa falarem.
A defesa nega que Stefânia omitiu informações sobre a presença de outro carro no acidente. Para sustentar o argumento, foi apresentado ao júri um áudio de uma ligação feita por uma das amigas que estava no veículo com a ré para a central da MGO, concessionária responsável pela rodovia à época.
Sobre as demais acusações, os defensores afirmam que Stefânia não estava alcoolizada no momento da batida. Segundo eles, a mulher ingeriu bebida alcoólica no dia 6 de outubro, um dia antes do acidente.
No dia 7 de outubro de 2018, a família Monare voltava de uma viagem a Rio Quente (GO) para Campinas (SP), onde morava. O passeio era em comemoração ao aniversário de Belkis da Silva Miguel Monare, de 35 anos. No carro estavam o marido dela, Alessandro Monare, de 37, e os filhos Samuel, de 8, e o caçula, de 6 anos.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, Stefânia, que tinha 21 anos na época e não possuía CNH, seguia de Araguari para Uberlândia em um carro com outras duas jovens. Testemunhas disseram que elas passaram a noite em uma festa em Uberlândia, consumindo bebidas alcoólicas. O inquérito também apontou que no local havia drogas.
Após a batida, o carro dos Monare caiu em uma vala e só foi localizado no dia 9 de outubro. Stefânia foi indiciada por três homicídios qualificados e uma tentativa.