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Mulher dá à luz a gêmeas e uma das crianças nasce empelicada em Iporá

Última atualização 28/06/2023 | 17:06

“Está sendo mágico. Nunca pensei que pudesse acontecer comigo”, esse é o sentimento da dona de casa Wanessa Dayane Batista Oliveira, de 27 anos, que teve uma surpresinha durante o parto das gêmeas Lívia e Luara. As gêmeas nasceram na última terça-feira, 27, em Iporá, e Lívia estava empelicada, enquanto Luara teve a bolsa rompida normalmente.

A mãe disse que ficou surpreendida e que não esperava pela “surpresa”. Esse tipo de situação acontece quando a criança nasce ainda coberta pela bolsa amniótica. O parto das gêmeas foi feito pela médica Leandra Campos, que afirmou que as garotas nasceram saudáveis. Na oportunidade, pelo Instagram, a obstetra relembrou que, no mês passado, fez um parto parecido, em que o neném também estava empelicado.

“Fala aí se eu sou a rainha dos empelicados? Não é me achando não, mas por aqui não é tão raro assim. Quem me segue há um tempo sabe que vez ou outra aparece, mas nunca perde a emoção. É sempre lindo e mágico”, brinca a médica. No dia 29 de maio, Leandra também publicou um outro parto empelicado que realizou. Segundo ela, é necessário apenas “um pouco de delicadeza e técnica” para ajudar a estourar a bolsa no momento certo.

O obstetra Diego Rezende explica que esse é um caso raro, com estimativa que aconteça em um a cada 80 mil partos. Ele ainda explica que o parto empelicado é mais comum em cesáreas, já que em partos normais o médico pode estourar a bolsa ou até mesmo o próprio útero durante as contrações.

O médico explica que o profissional tem a opção de romper a bolsa amniótica que envolve a criança fora da barriga da mãe. Além disso, ele destaca que as mães que tiveram os partos empelicados relatam ter sentido menos dor.

“Alguns estudos especulativos associam o empelicamento a prejuízos para a formação da imunidade inicial da criança porque ela não foi exposta a bactérias da vagina da materna. Por outro lado, as mães que tiveram esse tipo de parto relatam que sentiram menos dor. Faz sentido porque a membrana da bolsa é lisa, o que facilitaria o deslizamento da criança”, diz.

Ao retirar o recém-nascido envolto, o médico utiliza uma pinça para estourar a bolsa. “Racionalmente falando, quanto menos tempo o procedimento, melhor para a paciente já que ela está anestesiada. É um tempo desnecessário para ver o bebê empelicado, se movimentando dentro da bolsa”, afirma.

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