Jovem de 25 anos é primeira morte confirmada de febre amarela de 2025 em Socorro
Parentes pensavam que mulher estava com dengue, e febre amarela foi confirmada apenas após a morte, diz prefeitura.
A prefeitura de Socorro (SP) confirmou nesta sexta-feira (24) a primeira morte de febre amarela no município em 2025. A vítima foi uma mulher de 25 anos que faleceu no último domingo (19).
Segundo a prefeitura, os parentes achavam que se tratava de um caso de dengue, mas foi descoberto que se tratava de febre amarela apenas após a morte. Não há informações de quando os sintomas começaram, a prefeitura confirmou que o caso foi contraído na cidade.
Ainda de acordo com a prefeitura, nenhuma das duas vítimas possuía histórico de vacinação contra a febre amarela e reforça a importância da imunização como a principal medida de proteção contra a doença.
A vítima era casada, tinha um filho e residia no Bairro Visconde Soutello. Ela foi velada nesta segunda-feira (20) às 14h no velório municipal de Socorro e enterrada no Cemitério Municipal de Socorro, às 16h.
Também foi confirmado nesta sexta (24) a morte de um homem de 71 anos, que faleceu no dia 30 de dezembro de 2024 por febre amarela.
Conforme a prefeitura, o homem também não tinha histórico de vacinação contra a febre amarela.
A Prefeitura de Socorro (SP) afirmou que o primeiro paciente infectado com febre amarela no Estado de São Paulo em 2025, confirmado pelo governo estadual na manhã desta terça-feira (14), esteve na área rural da cidade entre os dias 28 e 30 de dezembro do ano passado. O homem de 27 anos permanece internado.
De acordo com a administração, o jovem, que mora na capital paulista e não tem histórico de vacinação contra febre amarela, ficou hospedado em uma chácara. A prefeitura disse que apoiará a Vigilância do estado em uma “busca ativa” na região para verificar possíveis focos da doença e fazer as medidas de prevenção.
O governo de São Paulo afirmou que, além de Socorro, há outros oito casos de macacos com febre amarela no estado: um em Pinhalzinho (SP), também na região de Campinas, e outros sete na região de Ribeirão Preto.
Os macacos não transmitem a doença. A febre amarela é transmitida pela picada de mosquitos infectados. A doença não é contagiosa, ou seja, não é passada de pessoa para pessoa. Em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. No ambiente urbano, o transmissor é o Aedes Aegypti, o mesmo da dengue.
No ano passado, foram registrados dois casos humanos de febre amarela no estado de São Paulo: um autóctone (contraído no próprio local onde o paciente vivia) e outro importado (trazido de fora), que resultou em morte.
A prefeitura e o governo de São Paulo reforçaram que o melhor método de prevenção contra a doença é a vacinação, que faz parte do calendário nacional e está disponível em todo o estado.
Desde 2020, o Ministério da Saúde atualizou a recomendação de vacinação contra doença da seguinte forma:
Para crianças menores de 5 anos de idade são duas doses, a primeira aos 9 meses e a segunda aos 4 anos.
Para pessoas a partir dos 5 anos, a vacina é dose única.
Para esclarecer dúvidas sobre a vacina e a febre amarela, o governo de São Paulo criou o portal Vacina 100 Dúvidas, que reúne informações sobre eficácia, efeitos colaterais e a importância das vacinas. O acesso está disponível pelo link: www.vacina100duvidas.sp.gov.br.
A morte do macaco por febre amarela na zona rural de Pinhalzinho fez com que o estado enviasse 75 mil doses da vacina para reforçar a imunização da população em 18 cidades da região de Campinas (SP).
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Ela possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
Os sintomas iniciais da febre amarela são: Febre, Calafrios, Dor de cabeça intensa, Dores nas costas, Dores no corpo em geral, Náuseas e vômitos, Fadiga e fraqueza.
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver sintomas como: Febre alta, Icterícia, Hemorragia, Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.