Mulher de 41 anos é presa por racismo contra menino de 12 anos em partida de futebol sub-12 no Campeonato Paulista: repercussão e consequências da acusação.

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Uma mulher de 41 anos foi presa sob a acusação de racismo contra um menino de 12 anos durante uma partida entre Manthiqueira e Corinthians, pelo Campeonato Paulista da categoria sub-12, que ocorreu em Guaratinguetá, no último domingo (19).

Após o jogo ser interrompido, um atleta de 12 anos relatou ter sido vítima de injúrias raciais, sendo chamado de “preto”, “sem família” e “filho da p***”. O árbitro anotou na súmula que o menino apontou torcedores do Corinthians como os autores das ofensas.

Os policiais militares presentes na partida levaram a torcedora acusada, seu companheiro, os responsáveis pelo menino e o gandula que testemunhou o incidente para a delegacia. Todos foram interrogados e o delegado Fábio Cabett decretou a prisão em flagrante da mulher, com base nos depoimentos e na súmula.

No Boletim de Ocorrência, a acusada negou ter cometido o crime e alegou desavenças anteriores relacionadas ao futebol. Ela expressou interesse em processar a mãe do menino por ameaça. A torcedora foi indiciada por discriminação, preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com pena prevista de um a três anos de reclusão, além de multa.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) lamentou o incidente e reforçou seu repúdio a atos racistas, garantindo que não tolera a presença de racistas em seus eventos. O Manthiqueira também repudiou o ocorrido, destacando a importância de combater o racismo, principalmente quando se trata de crianças.

A Rede Vanguarda tentou contatar o Corinthians para comentar o caso, porém não obteve resposta até o momento. Em setembro deste ano, a FPF lançou a campanha “-Ódio +Futebol” e realizou jogos de competições de base sem a presença de torcedores em 144 partidas, como medida contra comportamentos inadequados nas arquibancadas. A ação visa promover um ambiente esportivo saudável e livre de preconceitos.

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