Mulher de 60 anos é presa por envenenar gatos em São Joaquim da Barra: 28 felinos morreram

Uma mulher de 60 anos foi presa no interior de DE após envenenar gatos da rua onde mora. Ao todo, 28 felinos morreram

DE — Uma câmera de segurança registrou o momento em que Aparecida Donizeti Berigo Blesio, 60 anos, colocou veneno na rua onde mora, em São Joaquim da Barra, no interior DE [https://www.de.com/sao-paulo], com o objetivo de eliminar gatos resgatados que estavam sendo cuidados por uma vizinha.

Ao todo, 28 felinos [https://www.de.com/sao-paulo/sp-envenenamento-gatos] apareceram mortos em um intervalo de cinco dias, entre o fim de 2024 e o início deste ano. A mulher foi presa [https://www.de.com/sao-paulo/mulher-envenenou-gatos-e-presa] nessa quinta-feira (9/1), após a 1ª Vara Judicial da Comarca DE decretar a prisão preventiva.

Veja as imagens obtidas pelo DE:

Em dado momento, é possível ver alguns gatos se aproximando da comida envenenada. A outra mulher que aparece nas imagens não é citada na investigação.

INVESTIGAÇÃO CONFIRMA ENVENENAMENTO

A reportagem teve acesso aos detalhes da investigação que acusa a mulher de maus-tratos a animais. De acordo com a Polícia Civil [https://www.policiacivil.sp.gov.br/], Aparecida, que havia se mudado havia dois meses para o local, demonstrava insatisfação com a presença dos felinos.

Ela, inclusive, teria solicitado a um vizinho que soltasse um cachorro para atacá-los. Os fatos foram confirmados por testemunhas em depoimento à polícia.

No dia 27 de dezembro, Aparecida jogou pedaços de carne envenenada na rua, por onde passavam os gatos. Eles ingeriram o alimento e logo em seguida apresentaram sinais de intoxicação por veneno, como espuma na boca, convulsões, defecação descontrolada e morte.

ONGs que atuam na cidade em defesa dos animais chegaram a levar os gatos ao veterinário, mas nenhum deles sobreviveu.

DE é acusada de crimes contra o meio ambiente, especificamente abuso a animais. A pena para este crime é de detenção, de três meses a um ano, e multa, de acordo com a Lei 9.605/98

Para a Polícia Civil, as imagens comprovam que a mulher cometeu o crime. “De fato, é possível assistir à indiciada lançando os alimentos e os gatos ingerindo o material. Logo em seguida, alguns já começam a passar mal”, diz trecho da investigação. Ainda segundo a polícia, na mesma data do crime, foram recolhidos 19 gatos mortos no local.

Uma das cuidadoras relatou um quadro grave de depressão após o ocorrido. Em áudio encaminhado à polícia, a mulher chora e diz que “não deseja mal a ela, só quero que ela pague, que ela tenha consciência de tudo o que ela fez”.

Aparecida foi encaminhada inicialmente para a Cadeia Pública Feminina DE, onde foi submetida a exames de integridade física junto ao Instituto Médico Legal (IML). Ela passou por audiência de custódia e foi encaminhada para a Penitenciária de Ribeirão Preto, também no interior paulista. A pena é aumentada de um sexto a um terço do tempo sentenciado.

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Velório das vítimas do ataque ao MST em Tremembé: investigações em andamento.

Velório das vítimas do ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, interior de São Paulo, está marcado para acontecer na manhã deste domingo.

O incidente resultou na morte de dois homens e deixou seis pessoas feridas no assentamento Olga Benário. Os feridos foram encaminhados aos hospitais de Taubaté e Tremembé para receberem os cuidados necessários.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ataque, com o acompanhamento do Ministério da Justiça. O ministro Paulo Teixeira condenou o ataque, classificando-o como “gravíssimo”.

Valdir do Nascimento de Jesus, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28, foram baleados e faleceram no local. As outras seis vítimas foram levadas para atendimento médico em hospitais da região.

Apesar do velório estar agendado para o próximo dia, os corpos das vítimas ainda não foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML).

O crime ocorreu no assentamento Olga Benário, que é regularizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Cerca de 45 famílias vivem no local, de acordo com informações do Movimento dos Sem Terra.

A investigação está sendo conduzida como homicídio e tentativa de homicídio, com a determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal instaure um inquérito. O ministro Paulo Teixeira reiterou a gravidade do episódio.

Seguindo os desdobramentos do caso, a Polícia Militar de São Paulo reforçou o policiamento na região afetada e a Polícia Federal enviou uma equipe para acompanhar as investigações em andamento. Essa é mais uma tragédia envolvendo conflitos em terras destinadas à Reforma Agrária.

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