Mulher de empresário encontrado morto em Interlagos clama por respostas

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Estamos passando por um pesadelo’, diz mulher de empresário encontrado morto no Autódromo de Interlagos

Corpo de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, foi encontrado num buraco de terça (3). Ele desapareceu na sexta (30), após participar de um evento sobre motos. Polícia investiga o caso como morte suspeita.

A esposa do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo, disse ao DE nesta quinta-feira (5) que a família está passando por um pesadelo.

A farmacêutica Fernanda Dândalo, de 34 anos, estava casada havia oito anos com Adalberto. O casal estava pensando em ter um filho neste ano.

Ela ainda compartilhou que anseia por respostas já que até o momento não sabe o que aconteceu. A Polícia Civil investiga o caso como morte suspeita.

> “Eu amo meu marido mais que tudo. Ninguém saberá a dor que estou sentindo. Estamos passando por um pesadelos sem respostas. Eu preciso de respostas. Meu marido só tinha que chegar ao carro e vir embora. Isso foi tirado dele de maneira brutal”, desabafou.

Fernanda também ressaltou que o marido era muito querido, não tinha inimigos nem recebeu ameaças recentemente, por isso não compreende o que aconteceu.

“Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido tava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto”, afirma.

Nas redes sociais, a farmacêutica também fez uma publicação lamentando a morte do marido aos 35 anos.

“Recebi a pior notícia da minha vida. Meu amor saiba que eu te amo demais e que agradeço por tudo o que fez por nós nesses anos todos. Não sei como viverei sem você. Peço a Deus que te receba de braços abertos. E que nos dê forças para continuar, pois tudo me lembrará você. Está muito difícil meu Deus saber que você não voltará. Te amo, te amo, te amo”, escreveu.

O corpo de Adalberto foi encontrado na manhã de terça-feira (3), dentro de um buraco de três metros de profundidade. O empresário desapareceu na sexta (30) à noite, após participar de um evento sobre motos.

A Polícia Civil de São Paulo suspeita que Adalberto foi colocado já morto no buraco. Não se sabe ainda o que aconteceu. A polícia investiga o caso como morte suspeita.

Além do corpo, estavam no buraco o capacete usado por ele, o telefone celular, a aliança e a carteira com dinheiro e documentos. Não havia sinais de violência no corpo.

A família diz que não houve movimentações na conta bancária de Adalberto desde o desaparecimento.

> A diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil de SP, Ivalda Aleixo, disse que Adalberto morreu cerca de 36 a 40 horas antes de ter sido encontrado.

Segundo ela, tudo indica que ele foi colocado no buraco já sem vida. “Se colocar uma pessoa viva, ela vai espernear. É mais fácil colocar alguém morto do que vivo”, disse ela, durante entrevista coletiva.

O buraco está na área de uma obra da Prefeitura de São Paulo.

O corpo de Adalberto estava sem calça e sem tênis. Não havia marcas de agressão nem de sangue, segundo a polícia.

O último contato dele com a esposa, a farmacêutica Fernanda Dândalo, de 34 anos, ocorreu na sexta, às 19h40.

Como o marido não voltou para casa naquela noite, ela entrou em contato com um amigo dele, Rafael, já na madrugada de sábado (31). Rafael também estava no evento.

O amigo contou que, ao se despedir dele, Adalberto disse que contornaria o autódromo para buscar o carro. Entre o estacionamento e o local em que foi achado o corpo, a distância é de 200 metros.

Em nota, a organização do evento informou que presta apoio à família e à investigação. Disse também que encaminhou imagens das câmeras de segurança de todos os portões de acesso ao evento.

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