Press "Enter" to skip to content

Mulher denuncia violência doméstica após voltar do coma

Última atualização 01/07/2023 | 12:41

A Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) recebeu um vídeo de Dara Cristina de Andrade Rossato, de 27 anos, que denunciava a violência de um ataque do marido em maio deste ano, em Franca, cidade localizada a 566 km da grande capital paulista. A mulher estava sedada e intubada até o início desta semana, no Hospital das Clínicas em São Paulo.

Segundo a mulher, o companheiro jogou álcool e ateou fogo nela. Dara diz que o que ela está passando é resultado do machismo do marido. “Ele ainda me bateu. Eu só quero que ele vá preso, só isso. Estou sofrendo muito, só Deus sabe o tanto que eu estou sofrendo”, diz.

Além disso, ela volta a suplicar para que o homem seja preso. “Por favor, põe ele na cadeia, só isso que eu quero, que ele vá preso e pague o que ele fez comigo”, afirma.

Dara sofreu graves queimaduras no rosto, mãos e tórax, e segue em recuperação no Hospital das Clínicas.

Investigação

Desde maio, a PC-SP estava tratando o caso como acidente doméstico, uma vez que, na época, o marido dela relatou para a Polícia que a mulher havia se acidentado enquanto lavava roupas. Entretanto, no decorrer da investigação, o delegado responsável, Marcio Murari, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), começou a considerar uma tentativa de homicídio.

De acordo com ele, conforme apurado no inquérito policial após ouvir parentes, familiares, vizinhos e o vídeo gravado pela mãe da moça, o rapaz era apontado como principal suspeito. “Ela aponta ele como uma pessoa que teria jogado álcool e ateado fogo no corpo dela”, relata.

A Justiça de São Paulo determinou prisão preventiva do homem, mas ele ainda não foi encontrado.

Testemunhas

No dia em que aconteceu o crime, os vizinhos do casal relataram ter ouvido uma discussão entre eles, além de pedidos de socorro de Dara. O marido contou que socorreu a esposa com ajuda dos vizinhos e prontamente acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

O delegado, diz que, ao que as apurações da investigação indicam, a motivação teria sido problemas de convivência e a violência doméstica.