Mulher desaparece um mês após a companheira ‘sumir’, em Aragarças

Um caso de desaparecimento têm despertado a curiosidade dos moradores de Aragarças, cidade de 20 mil habitantes, que fica na divisa entre Goiás e Mato Grosso. Há mais de um mês a família de Amanda Marques Lobato, de 18 anos, procura a jovem que não deixou rastro após entrar em um taxi da cidade com a companheira, Ângela Maria Dickman, de 40 anos.  O drama intensificou após loira, apelido pelo qual Ângela é conhecida na cidade, também desaparecer, na última quinta-feira (7).

Já Amanda que é bem conhecida na cidade por ter uma extensa ficha criminal está sumida desde o dia 8 do mês de março. O delegado responsável pelo caso, Fábio Marques, acredita que os dois casos podem ter relação.

“Estamos apurando se há vinculação nos desaparecimentos. Até o momento não há evidências de que as mulheres foram mortas, mas estamos buscando informações”, informou.

Em entrevista ao Diário do Estado, a mãe de Amanda, Cláudia Marques, diz que a filha mantinha um relacionamento conturbado , há cerca de um ano,  marcado por ciúmes. Ela acredita que Amanda pode ter sido morta à mando de Ângela. Entretanto, a polícia não confirmou a informação.

“A Amanda falava que a Ângela era muito ciumenta e que queria terminar a relação com ela. Muitas vezes ela já chegou com marcas e arranhões aqui em casa dizendo que havia brigado com a namorada”, disse.

Busca

Cláudia explica que vem divulgando o desaparecimento da filha nas redes sociais para encontrá-la. Para ela, a PC está demorando para concluir as investigações.

“Está demorando muito, a polícia não fala nada. Todo dia a gente vê encontrando alguém, mesmo que seja o corpo, mas a Amanda nada ainda. Eu quero encontrar a minha filha,  quero vê-la novamente”, desabafou.

A população que souber informações do paradeiro das mulheres pode entrar em contato com a Polícia Civil de Aragarças por meio do telefone (64) 3838 1660.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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