Mulher é baleada na Paraíba em um dos bloqueios em rodovias promovidos pelo MST

Bloqueios do MST são em protesto contra a decisão da Justiça em prender Lula

Ao menos oito estados tiveram rodovias bloqueadas na manhã desta sexta-feira (6) pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ato é em protesto contra a determinação do juiz Sérgio Moro de prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O MST diz já ter interditado estradas no Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Paraná, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Sergipe.

No Twitter do movimento há imagens de bloqueios no acesso da BR-230, entre João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, e em Sergipe, na SE-270 (rodovia Louraça Batista, altura do povoado Taboca, em Itaporanga). Segundo a assessoria do movimento, a orientação é a de sejam promovidas ações “em todos estados onde o MST esteja organizado”. Não há até o momento nenhuma previsão sobre até quando essas mobilizações continuarão.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já contabiliza 17 pontos de rodovias federais interditadas. Cinco deles em Pernambuco, nas BRs 101, 232 e 428; dois na Paraíba (BR-230); dois em Mato Grosso do Sul (BRs 262 e 267); um em Mato Grosso (BR-364); e em trechos da BR-101 no Espírito Santo, em Sergipe e na Bahia. Ainda segundo a PRF, há bloqueios no Pará (BR-155), no Piauí (BR-343), Paraná (BR-476) e Minas Gerais (BR-356).

Na Paraíba, a agricultora Lindinalva Pereira de Lima Filha que participava de um protesto foi baleada na perna. O atirador estava a bordo de um carro em alta velocidade que furou o bloqueio da BR-101, feito pelos manifestantes, na altura do município de Mata Redonda, a 40 quilômetros da capital, João Pessoa.

De acordo com a diretora nacional do MST no estado, Dilei Aparecida, o homem deixou o local e não foi identificado. Segundo ela, a agricultura foi levada para o Hospital de Trauma, em João Pessoa, onde foi submetida a exames médicos preliminares, necessários para a retirada da bala alojada no corpo. “Ela está bem, dialogando, mas não pode sair do hospital”, disse a diretora. Ela não corre risco de morte segundo o hospital paraibano. (Com informações da Agência Brasil)

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Polícia Civil prende casal por agressão sexual e morte de criança em Rio Quente

A Polícia Civil de Caldas Novas prendeu em flagrante, na quinta-feira, dia 4, um casal que violentou uma criança de um ano e seis meses que morreu por conta das agressões em Rio Quente. Denise Moreira, que foi presa, era mãe da vítima. De acordo com laudo do Instituto Médico Legal (IML), a criança morreu devido ao rompimento dos órgãos internos, provocado pela agressão sexual.

Polícia Civil recebeu informações de que a criança A.F.M.B, de 1 ano e 6 meses de idade, moradora do município de Rio Quente, havia sido levada pelo Samu até a emergência do Pronto Atendimento Infantil (PAI) de Caldas Novas, acompanhada da mãe, Denise Moreira, 23 anos, sob a suspeita de que havia sofrido uma queda da cama.

Conforme relatório da equipe médica, a criança chegou ao hospital apresentando diversas lesões pelo corpo, provenientes de agressão física, e sem consciência. Foram empregadas diversas técnicas de reanimação, porém seu quadro clínico se agravou com um episódio de parada cardíaca e a consequente morte.

Diante dos indícios de maus-tratos e violência física, a Polícia Civil encaminhou o corpo da vítima ao Instituto Médico Legal para que fossem apuradas as causas reais da morte. Segundo Laudo Preliminar de Exame Cadavérico, além das lesões corporais apresentadas, a vítima ainda possuía sinais inequívocos de violência sexual. A causa provável da morte teria sido então um rompimento de órgãos internos, proveniente de violência sexual recente.

Autoria
O delegado Leylton Barros, titular da Delegacia de Caldas Novas, que coordenou as investigações, informou que o conjunto de provas reunidas apontaram para Fernando Marques Silva, 25 anos, como autor das referidas agressões sexuais. Foi apurado ainda que tais violências eram praticadas sob a ciência e total omissão de Denise, mãe da menor.

Diante das evidências e dos veementes indícios de prova, Fernando foi preso e autuado em flagrante pela pela pratica do crime de estupro de vulnerável qualificado pelo resultado morte. Denise Moreira, mãe da menor, também foi presa em flagrante pelo mesmo crime, devido ao fato de ter se omitido como pessoa que possuía o dever legal de evitar a ocorrência do referido delito. Se condenados, poderão sofrer a pena de 12 a 30 anos de reclusão.

Fonte: Agência Brasil

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