Mulher é condenada a 20 anos de prisão por morte de colombiano, vítima de ‘Boa noite, Cinderela’

Claudia, que já estava presa preventivamente desde março deste ano, é apontada pela Polícia Civil como chefe da maior quadrilha especializada em aplicar o golpe “Boa noite, Cinderela” no Rio.

A sentença foi dada pela juíza Camila Rocha Guerin, da 36ª Vara Criminal da Comarca da Capital. Na decisão, a magistrada destacou que “o lastro probatório produzido é robusto e cristalino em demonstrar o evento delitivo praticado pela acusada”.

Claudia, que já estava presa preventivamente desde março deste ano, é apontada pela Polícia Civil como chefe da maior quadrilha especializada em aplicar o golpe “Boa noite, Cinderela” na capital fluminense.

COLOMBIANO ESTAVA DE FÉRIAS NO BRASIL

Manuel Mantilla estava de férias no Brasil e aproveitava a noite carioca quando foi vítima da quadrilha. Segundo as investigações, ele saiu sozinho para a Pedra do Sal, no Centro, e depois seguiu para um bar no Parque União, no Complexo da Maré.

Um motorista de aplicativo relatou à polícia que duas mulheres solicitaram uma corrida para um endereço específico, mas percebeu que o passageiro não estava bem. Ele decidiu levá-lo ao Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte, onde o colombiano chegou a ser atendido, mas não resistiu.

De acordo com o laudo da perícia, Manuel sofreu um edema pulmonar após a ingestão de substâncias tóxicas misturadas à bebida, como clonazepam, MDMA e ecstasy. Durante o período em que esteve com a quadrilha e até após sua morte, foram registradas diversas compras com o cartão de crédito dele.

CARREIRA ACADÊMICA E PROFISSIONAL

A morte de Manuel causou repercussão na Colômbia e no meio acadêmico brasileiro.

Ele era assessor de macroeconomia no Ministério da Fazenda colombiano, mestre em Desenvolvimento Econômico pela Unicamp e professor de economia na Universidade Nacional da Colômbia.

No Brasil, aproveitava as férias para concluir sua tese de doutorado na Unicamp.