Mulher é condenada por injúria racial após chamar homem de “negro maldito” no DF

Mulher é condenada por injúria racial após chamar homem de “negro maldito” no DF

A Justiça do Distrito Federal condenou uma mulher por injúria racial após ela chamar um homem de “negro desgraçado” e “negro maldito”. O caso ocorreu em um bar de Taguatinga, em setembro de 2022, e a última decisão do Tribunal manteve a condenação com indenização de R$ 5 mil, por danos morais.

O homem que sofreu a injúria racial estava no bar com a família quando passou a ser ofendido pela mulher. Ela começou a xingá-lo com termos racistas, como “negro maldito”, dizendo até que ele não deveria estar ali.

A defesa do homem pediu indenização por danos morais de R$ 24.240. No processo, a mulher culpou a bebida e até um luto na família. A ré contou que havia ido a uma festa e “ingerido grande quantidade de bebida alcoólica”. Por volta de 19h30, ela disse que foi ao bar de Taguatinga comer um espetinho.

Sobre as ofensas raciais, a mulher argumentou que não se lembrava de muita coisa daquele dia. No fim, ela acabou confessando as injúrias, e afirmou ter se comportado “de uma maneira que jamais comportaria”, citando ainda ter vivido uma tragédia pessoal com a morte do marido e ter tomado medicamentos controlados.

Para a Justiça, “a tragédia pessoal que acometeu a recorrente, consistente no falecimento de seu cônjuge, bem como o uso de medicamentos controlados em decorrência desse fato, não se traduzem em escusa absolutória para a prática de atos ilícitos”. “Assim, a condenação ao pagamento de reparação por danos morais é medida que se impõe.”

O juízo, no entanto, estabeleceu o pagamento de R$ 5 mil, por avaliar que o valor “obedece aos critérios estabelecidos nos princípios da proporcionalidade e razoabilidade e, sobretudo, evita o enriquecimento ilícito do recorrido”. A decisão, unânime, é da 1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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