Uma mulher de 42 anos foi encontrada em situação de escravidão enquanto trabalhava como empregada doméstica em Anápolis. De acordo com fiscais, ela estaria a pelo menos 30 anos nesta situação. As informações são do G1.
Segundo a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), a mulher trabalhava a trinta anos sem registro profissional, sem salário mínimo e sem descanso semanal remunerado. Ela também morava na casa dos patrões, um homem de 82 anos e uma mulher de 80.
“Ela nunca estudou regularmente. Nunca teve convívio social, nunca teve amigos, nunca teve namorado, nunca constituiu família”, disse o auditor fiscal Roberto Mendes ao portal G1.
De acordo com o auditor, o casal ainda se defendeu dizendo que a mulher era ”como se fosse da família” . Contudo, relatos da mulher e de testemunhas indicaram que ela era empregada doméstica.
Os idosos foram notificados para não exigirem qualquer realização de trabalho, fazer o registro da mulher e rescindir o contrato, que deve custar mais de R$ 1 milhão. Além da notificação, eles podem responder por crimes de trabalho escravo e tráfico de pessoas. Apesar da situação, a vitima preferiu permanecer na casa do que ser levada a um abrigo.
Em relatos ao auditor fiscal, a mulher contou que nasceu em Piauí e foi dada para a adoção logo cedo, indo morar com os pais adotivos no Maranhão. Ela afirmou que passou por uma infância conturbada até os 12 anos, quando a mãe adotiva morreu e ela foi levada até Anápolis por uma pessoa desconhecida para a casa onde reside até hoje.