Mulher é encontrada morta em Palmelo; casal é preso após cobrança de dívida de R$ 200

Uma mulher identificada como Fabiana Moreira da Silva, de 42 anos, foi encontrada morta, na manhã de sexta-feira, 11 em sua residência na Rua Adolfo Estevão Dias, no bairro Vila Gonçalves, em Palmelo, Goiás. A vítima apresentava sinais de estrangulamento, com um fio enrolado em seu pescoço, e perfurações na região cervical. O crime teria sido motivado por uma dívida de R$ 200.

A descoberta foi feita por um amigo da vítima, que havia ido até o local para entregar biscoitos por volta das 7h. Ao encontrar a porta aberta, ele entrou na casa e encontrou Fabiana caída no chão do quarto, sem vida e cercada por uma poça de sangue. A Polícia Militar e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados imediatamente, e o corpo foi removido para perícia.

Com base nas primeiras informações, a Polícia Militar iniciou uma operação para localizar os suspeitos. Testemunhas relataram ter visto um casal circulando em uma motocicleta preta, sem placa, nas proximidades da casa de Fabiana. A polícia identificou e localizou os suspeitos: um homem de 43 anos e uma mulher de 46.

Ao chegarem à casa do homem, os policiais encontraram um simulacro de arma de fogo e uma blusa que a suspeita usava no momento do crime. O casal tentou fugir, mas foi capturado. Durante a fuga, o homem arremessou uma sacola no telhado da residência, contendo porções de maconha e crack. Além das drogas, a polícia apreendeu R$ 800 em dinheiro e cápsulas deflagradas de calibre 38.

Em depoimento, a mulher confessou que o casal foi até a casa de Fabiana para cobrar a dívida de R$ 200. Segundo ela, o homem entrou na casa e, após algum tempo, saiu sem dar explicações sobre o que havia ocorrido. Ele preferiu permanecer em silêncio durante o interrogatório.

Os dois foram levados para a delegacia de Palmelo, onde permanecem à disposição da Justiça. Além de responderem pelo homicídio, ambos também foram autuados por tráfico de drogas devido às substâncias encontradas com eles.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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