Mulher é enganada por golpista que fingiu ser major do Exército em casamento fraudulento

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“Achava que estava sendo recíproco, e não um mar de mentira”. O relato é da mulher que pensou estar casada com um major do Exército Brasileiro. Em entrevista à TV Globo, ela disse que foi enganada por André Lefon Ribeiro de Souza Martins, de 24 anos, e sofreu violências psicológicas.

Segundo a polícia, André Lefon Ribeiro de Souza Martins foi detido anteriormente pelo mesmo tipo de crime. Em 2022, ele fingiu ser um médico em Varginha, no Sul de Minas. Ele confessou que mentia sobre a profissão, além de ter falsificado uma publicação do Diário do Estado para simular uma nomeação para o cargo nas Forças Armadas.

No apartamento onde o casal morava, policiais constataram que o revólver dele era uma réplica e encontraram fardas e insígnias oficiais. André Lefon Ribeiro de Souza Martins foi levado para prestar depoimento e, em seguida, encaminhado para o Ceresp Gameleira, onde ficou à disposição da Justiça.

De acordo com o que foi relatado à Polícia Militar, a mentira começou há pelo menos um ano, período em que o suspeito iniciou um relacionamento com a mulher. Conforme o advogado da família, há cerca de dois meses, André organizou uma cerimônia de casamento usando uma certidão falsa. Imagens mostram o casal assinando o documento fraudado, com a presença de um homem apresentado como juiz de paz pelo suspeito.

À TV Globo, a vítima disse que teve um prejuízo de pelo menos R$ 50 mil com as mentiras do golpista. Ele teria dito à família da mulher que precisava do dinheiro para fazer um suposto curso da Interpol no exterior. A polícia investiga a participação de possíveis cúmplices, como o amigo dentista que teria atuado como juiz de paz durante a cerimônia.

O Exército Brasileiro confirmou que o homem não integra o quadro de oficiais e afirmou que o uso indevido de condecorações militares constitui crime. O Comando Militar do Leste (CML) reiterou que não compactua com condutas ilícitas e repudia atitudes que violem a legislação, os valores e a ética. O caso está sob investigação da Polícia Civil, com a participação do Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam).

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