Presa após pai entregá-la à polícia, a jovem Thaís Thealdo, assassinada a facadas pelo ex-companheiro em Caldas Novas, foi morta dias antes do aniversário de quatro anos de sua filha. A declaração foi feita pela irmã de Thaís, Ana Thealdo, de apenas 16 anos, em um relato nas redes sociais. Segundo Ana, a irmã buscava um recomeço e queria ficar perto da família. O suspeito, cujo nome não foi divulgado, foi preso após confessar o crime ao pai e ser levado à delegacia.

O crime ocorreu no dia 3 de julho no apartamento em que o casal morava. Thaís estava lá para pegar seus pertences, pois o casal havia se separado duas semanas antes. A irmã mais nova da vítima lamentou que a sobrinha terá que crescer sem a mãe por perto. Thaís deixou uma filha de apenas três anos, que completaria mais um ano de vida em julho. Ana expressou sua dor ao dizer que a irmã foi vítima de alguém que não aceitou uma mulher forte e independente.

O desejo de Thaís era voltar para Três Passos, no Rio Grande do Sul, para estar perto da família e proporcionar à filha uma vida melhor e mais segura. Ana questionou quantas mulheres ainda precisarão morrer para que essa violência pare. A jovem teve seus sonhos interrompidos por alguém que não suportou vê-la dona de si mesma. O caso está sob segredo de Justiça e continua sendo investigado pela Polícia Civil.

O crime ocorreu no Jardim dos Turistas, em Caldas Novas, e as imagens das câmeras de segurança do condomínio mostram o suspeito saindo do apartamento com um pano enrolado na mão, após a suposta discussão sobre o término do relacionamento. A polícia acredita que o crime foi motivado pela inconformidade com o fim do relacionamento e a suspeita de um novo envolvimento da vítima. Após confessar o assassinato ao pai, o suspeito foi conduzido à delegacia.

O Grupo de Investigações de Homicídios acompanhou a perícia e constatou que Thaís sofreu mais de 50 agressões por golpes de faca em diferentes partes do corpo. O jovem tentou limpar a faca usada e tomar banho após o crime. Até o momento, o suspeito deve responder pelo crime de feminicídio, que prevê pena de 20 a 40 anos de reclusão em regime fechado. O caso ainda choca a família e a comunidade, deixando uma marca de dor e revolta diante da violência doméstica.