Mulher é presa em Novo Gama com tabela de preços de recompensas para assassinar autoridades

Uma mulher, de 29 anos, apontada como participante de ataques a prédios públicos e privados no Ceará, em janeiro de 2019, foi presa pela Polícia Federal (PF) do Ceará nesta quarta-feira, 21, durante ação conjunta com a Polícia Militar, em Novo Gama, Entorno de Brasília. Nayana Martins, que é natural do Rio de Janeiro, também faz parte da facção Guardiões do Estado (GDE). As investigações revelaram ainda que a jovem tinha uma tabela com preços de recompensa para assassinar autoridades do Ceará.

O mandado de prisão partiu da Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Justiça do Estado do Ceará e resultou na Operação Reino de Aragão, deflagrada em 2019. A ação mirou lideranças da organização criminosa, mas Nayana conseguiu fugir, vindo a ser presa apenas agora, três anos depois da operação. 

“Após compartilhamento de informações, a equipe foi até o endereço onde possivelmente iria encontrar a foragida. No local, após abordagem, nada de ilícito foi encontrado, mas ela acabou presa e encaminhada até o CIOPS de Valparaíso para os procedimentos cabíveis”, explicou o comandante da CPE de Novo Gama, Capitão Anderson Jocas.

Mulher presa participava de facção

Investigações apontam que o grupo ao qual Nayana pertence era responsável por ordenar ataques contra prédios públicos, comerciais e veículos de transporte coletivo. A determinação para a prática dos crimes teria partido de dentro de presídios. Em setembro de 2019, foram registrados cerca de 90 ataques desse tipo no Ceará. À época, mais de 100 pessoas foram presas, acusadas de participar dos atentados.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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