Mulher é presa por forjar processo judicial e receber mais de R$ 100 mil no INSS

Mulher suspeita de forjar processo judicial e receber mais de R$ 100 mil no INSS é presa

Uma mulher de 24 anos, suspeita de estelionato em Itumbiara, município localizado em região sul de Goiás, recebeu cerca de R$ 125 mil em fraude contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de forma fraudulenta.

De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), a suspeita tem 24 anos e é responsável por obter benefícios de aposentadoria por invalidez e amparo social à pessoa com deficiência a partir de processos judiciais forjados.

O delegado da Polícia Civil, Gustavo Mendes, falou ao Diário do Estado (DE) que a PCGO foi acionada para dar apoio na captura da suspeita logo depois dela sacar o valor do benefício obtido de forma fraudulenta.

A Polícia Civil ainda não tem informações sobre como a suspeita conseguir forjar processos judiciais e informou que a investigação está com a Polícia Federal, que também foi contatada pelo Diário do Estado (DE), mas não houve resposta até o fechamento dessa matéria.

O INSS afirmou ao Diário do Estado (DE) que, até o momento, a Gerência-Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Goiânia não recebeu informações oficiais sobre o caso trazido em sua mensagem.

Gustavo Mendes explica que a suspeita foi detida pela operação policial em flagrante quando ela sacou o valor, uma semana depois de receber uma carta do INSS informando que ela havia sido aposentada por invalidez e tinha direito ao benefício. “No dia 19, ela recebeu em torno de R$ 111 mil sua conta e a partir então ela fez transferências pra alguns outros e pra algumas outras pessoas”, informa o delegado.

Ela foi presa na última terça-feira, 19, por uma operação coordenada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICO), da Polícia Federal, com apoio da PCGO, Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e da Polícia Penal.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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