Mulher é presa por forjar sequestro para extorquir filhas no interior de MT

Uma mulher foi presa pela Polícia Civil de Mato Grosso, na última sexta-feira, 13, sob suspeita de extorquir a própria filha em Confresa, no norte do estado. De acordo com a polícia, a investigação começou após a vítima relatar que foi ameaçada e extorquida pela mãe, que a abordou em sua casa acompanhada de suspeitos armados. A filha também informou que a mãe é usuária de drogas.

Além da extorsão, a mulher teria vendido o celular da filha em um ponto de tráfico na cidade. Posteriormente, criminosos desse local entraram em contato com a vítima, ameaçando matar a mãe dela, que supostamente estava em cárcere privado, caso não efetuasse o pagamento.

Ao chegar ao local, a equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos constatou que a mulher não estava em cativeiro, mas sim atuando em conjunto com os criminosos. Ela havia enviado mensagens para suas duas filhas, simulando o sequestro para extorquir dinheiro delas.

Durante a ação, os investigadores também localizaram um homem de 67 anos com um mandado de prisão em aberto desde 2006, referente a um roubo seguido de morte cometido em 1996. A operação, chamada “Operação Socius Rapina”, resultou na prisão em flagrante de cinco suspeitos, que foram autuados por extorsão, associação criminosa e receptação.

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Denúncias de violações aos direitos humanos aumentam 22% em um ano

Em 2024, o Disque 100 recebeu mais de 657,2 mil denúncias de violações aos direitos humanos. O número é 22,6% superior ao registrado em 2023, quando o canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania foi acionado 536,1 mil vezes.

Segundo o ministério, o total de violações verificadas também aumentou, saltando de 3,4 milhões, em 2023, para 4,3 milhões, em 2024. Cada denúncia pode resultar em mais de tipo de violação.

Entre as infrações mais recorrentes estão a violação à integridade por negligência, com 464,3 mil ocorrências; tortura psíquica (389,3 mil) e a violação à integridade física com exposição de risco à saúde (368,7 mil).

A maioria das vítimas das denúncias é do gênero feminino (372,3 mil), pessoas brancas (261,6 mil), e com idade entre 70 e 74 anos (32,5 mil). Na maioria dos casos, as violações ocorreram na casa da própria vítima e/ou do suspeito (301,4 mil). Entre os grupos mais vulneráveis estão crianças e adolescentes (289,4 mil), pessoas idosas (179,6 mil) e mulheres (111,6 mil).

Apesar da vulnerabilidade, o total de vítimas do gênero feminino foi 2,9% menor que o registrado em 2023. Por outro lado, em 2024, o perfil do agressor mudou: as mulheres (283,1 mil) passaram a liderar o gênero do suspeito de agressão, configurando um aumento de 28,8% em comparação a 2023.

As agressoras ou os agressores são, majoritariamente, da cor branca (172,9 mil) e têm entre 30 e 34 anos de idade (65,8 mil). Em geral, os principais suspeitos de cometerem agressões têm parentesco de primeiro grau com a vítima: mães (160,8 mil), filhos ou filhas (108,8 mil) e pais (49,2 mil).

No topo da lista das unidades federativas com maior número de denúncias estão São Paulo (174,6 mil), Rio de Janeiro (83,1 mil) e Minas Gerais (72,8 mil). Estes estados também respondem pelo maior número de violações de direitos humanos – definidas como qualquer fato que atente ou viole os direitos de uma vítima –, com 1,17 milhão; 562,1 mil; e 490,6 mil, respectivamente.

Disque 100

O Disque Direitos Humanos – Disque 100 é um serviço de utilidade pública. Qualquer pessoa pode comunicar algum fato relacionado a violações de direitos humanos, da qual seja vítima ou tenha conhecimento.

As denúncias podem ser feitas por diferentes plataformas: além das ligações telefônicas gratuitas para o número 100, também é possível mandar mensagem pelo Whatsapp (61) 99611-0100 e pelo Telegram (digitar “direitoshumanosbrasil” na busca do aplicativo).

Pessoas surdas ou com deficiência auditiva podem fazer denúncias por videochamada em Língua Brasileira de Sinais no seguinte site: https://atendelibras.mdh.gov.br/acesso

As denúncias são encaminhadas aos órgãos de proteção e de apuração, como conselhos estaduais, Centros de Referência Especializados de Assistência Social, delegacias, Ministério Público, entre outros.

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