Mulher é presa por manter filha presa com correntes, em Uruaçu

Mulher é presa por manter filha presa com correntes em grade, em Uruaçu

Uma mulher foi presa em Uruaçu, no norte goiano, foi presa por manter a filha de 16 anos em cárcere privado e acorrentada pelos pés. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) prendeu a suspeita em flagrante nessa quinta-feira, 15, após receber denúncias anônimas. O nome dos envolvidos não foram revelados.

Agentes plantonistas 18ª DRP do município goiano deflagraram a Operação Anilha de Ferro. Ao entrarem na residência, os policiais encontraram a filha acorrentada pelo pé em uma grade. A vítima estava em um cômodo da casa onde a família morava. O local estava sujo e em situação precária.

Os policias prenderam a mulher em flagrante pelo crime de cárcere privado. Ela foi encaminhada ao presídio feminino de Barro Alto. A polícia investiga as motivações do crime.

Crime

O crime de cárcere privado se trata de uma conduta perigosa que tem como objetivo privar alguém da liberdade, detendo ou prendendo alguém indevidamente e contra a sua vontade. No crime, a vítima é privada muitas vezes de se locomover e tem sua liberdade restrita a um pequeno espaço, como quarto ou banheiro.

A justiça brasileira determina que a pena prevista para este tipo de crime é de 1 a 3 anos de reclusão, podendo ter a pena aumenta em até 2 a 5 anos em casos específicos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp