Uma suposta artista plástica conhecida como Kawara Welch foi presa no começo do mês por stalkear um médico desde 2019. Em entrevista ao Fantástico, o profissional de Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, que preferiu não ser identificado, relatou as ações da stalker.
O médico conheceu Kawara em 2018, quando ela foi atendida em um hospital particular por problemas de depressão. Após mais dois atendimentos, a suspeita começou a frequentar a clínica onde ele trabalhava, iniciando assim o stalking.
O profissional relatou que recebia mensagens e fotos perturbadoras enviadas por Kawara, incluindo ameaças. Mesmo após ele parar de atendê-la na clínica, as perseguições continuaram, incluindo ligações e mensagens ameaçadoras. Ela chegou a contatar a família do médico.
Além disso, Kawara fez montagens em redes sociais para fingir ter um relacionamento com ele e começou a persegui-lo nas ruas. Ao longo dos cinco anos, o médico registrou 42 boletins de ocorrência contra ela.
Os incidentes chegaram em violência física, com Kawara invadindo o consultório dele durante um atendimento e chegando a agredir a esposa dele. Após ser presa e liberada sob fiança, ela violou as medidas cautelares, levando à sua prisão preventiva em 2023.
A defesa de Kawara alega que houve um envolvimento entre ela e o médico, porém o médico nega. A polícia segue investigando como ela conseguiu mandar mensagens de 2 mil números de celulares diferentes, suspeitando de ajuda de um hacker.
Até o momento, não há laudos sobre as condições mentais de Kawara. De acordo com o psiquiatra Daniel Barros, o stalking não é um diagnóstico médico, mas um comportamento criminoso. O médico e sua esposa estão em tratamento para enfrentar o pânico provocado pela situação.