Uma mulher de 29 anos foi presa nesta quinta-feira, 21, em Águas Lindas de Goiás, suspeita de vender pornografia infantil da própria filha, de apenas oito anos. De acordo com a Polícia Civil de Goiás, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente da 17ª Delegacia Regional de Águas Lindas, responsável pelo flagrante, os fatos chegaram ao conhecimento da equipe policial após a investigada ir até à delegacia para registrar uma ocorrência de ameaça.
À polícia, a mulher contou que após ver um anúncio de empréstimo em uma rede social, entrou em contato e, então, passou a ser coagida por um suposto agiota. “Ela disse que estava passando por financeiras e ele começou a ameaçá-la, para enviar fotos dela e da filha. Como percebemos que a história estava um pouco mal contada, decidimos aprofundar as investigações”, explica Tamires Teixeira, delegada do caso.
“Pedimos que ela franqueasse o acesso ao celular e verificamos ali nas conversas que se tratava, na verdade, de uma negociação com uma rede de pedofilia”, disse a investigadora. Os fatos duraram três dias, período em que a vítima prosseguiu enviando fotos da criança, na esperança de ser recompensada.
“Esse suposto agiota ofereceu R$ 3 mil para que ela enviasse fotos da menina em posições sexuais previamente determinada por ele. A mulher a chegou a enviar várias fotos e vídeos em posições sexualizadas, conteúdo pornográfico, em troca desse suposto pagamento”, conta a delegada. Ao perceber que se tratava de um golpe e que não haveria pagamento, parou de enviar as imagens.
Diante disso, o autor expôs o conteúdo em redes sociais. A mãe foi até a delegacia, na tentativa de registrar uma ocorrência como vítima, mas foi dada voz de prisão e lavrado o respectivo auto de prisão em flagrante pelo delito do crime previsto do art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente. A pena para este tipo de crime é de dois a quatro anos. O inquérito seguirá para tentarmos descobrir a autoria dessa desses outros autores da rede de pedofilia.