Mulher em situação de rua assassinada teve casa queimada pelo suspeito: detalhes do crime e investigação. Justiça para Monara Pires.

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Mulher em situação de rua assassinada teve casa da família queimada dias antes
do crime

De acordo com a polícia, o suspeito de ter matado Monara Pires DE Moraes
pode ter colocado fogo na casa dela três dias antes de assassiná-la. Segundo a
familía, o jovem era namorado da vítima.

Monara e a casa de seu pai que foi queimada — Foto: — Fotos:
Divulgação/Polícia Civil

A casa cedida pelo pai de Monara, jovem em situação de rua que morreu
após ter o corpo incendiado em Rio Verde, no sudoeste do estado, foi
queimada dias antes do crime. Segundo a polícia, o suspeito teve um
relacionamento com a jovem de 31 anos, tinha muito ciúmes dela e testemunhas
dizem que ele colocou fogo na casa onde ela morou antes de morrer. No momento,
ele está preso temporariamente.

O nome do suspeito não foi divulgado, portanto o DE não conseguiu localizar a defesa para
pronunciamento.

Segundo familiares, a casa ainda está de pé, mas teve danos no telhado e nas
paredes. De acordo com o delegado Adelson Candeo, a investigação ainda está em
andamento, mas os crimes do incêndio e da morte de Monara parecem relacionados
pela proximidade de datas.

“Foi uma sequência de fatos em dez dias. Ela esteve aqui na delegacia no dia
25 de junho para fazer uma ocorrência contra ele por uma agressão. Na semana
seguinte, ele coloca fogo na casa dela e as testemunhas também mencionaram que
ele foi quem fez isso. Dia 4 ele põe fogo na casa dela e no dia 7 ele mata
ela”, explicou o investigador.

Segundo ele, o motivo de o suspeito ter supostamente colocado fogo na casa da
jovem e a matado é o mesmo: ciúmes. Segundo as investigações o jovem já teria agredido Monara diversas vezes por
causa disso.

O crime aconteceu no dia 7 de agosto e o suspeito foi encontrado e preso 15 dias
depois, no dia 22. O corpo de Monara foi encontrado no fundo de um lote no
Bairro Popular.

Segundo Nayara, a irmã era usuária de drogas e conheceu o suspeito do crime em
fevereiro, na rua. Ela conta que eles ficaram dormindo em um albergue, chegaram
a morar juntos na casa que foi incendiada e que já havia notado machucados na
irmã.

De acordo com o delegado, dois dias depois do incêndio na casa da jovem ela foi
morta em um terreno baldio. Segundo a polícia, o suspeito teria acertado a vítima
na cabeça causando traumatismo crânioencefálico e em seguida incendiou um
colchão onde ela caiu desacordada após a agressão.

O laudo cadavérico aponta que a jovem ainda respirava quando foi queimada. Após
o crime, o suspeito ficou dias sem ser visto, mas foi preso no dia 22 de agosto.
De acordo com a polícia, ele ficou em silêncio no primeiro depoimento prestado.

Segundo o delegado, o suspeito teria dito no momento da prisão que a morte de
Monara poderia estar relacionada a uma organização criminosa. Ele teria tentado
relacionar o crime com outro homicídio que aconteceu na região, de um jovem que
tinha extensa relação com o crime.

Entretanto, ele afirma não acreditar nessa possibilidade, já que a Monara era
apenas usuária de drogas e que não tinha inimizade com ninguém ou problemas com
ninguém, apenas com o suspeito.

Ainda de acordo com o delegado, o suspeito alega não ser usuário de drogas, mas
que ele tem passagens patrimoniais em São Paulo para obtenção de dinheiro para a
compra de drogas. Além disso, conta que todas as testemunhas ouvidas afirmaram
que ele tem envolvimento com drogas.

O suspeito deve ser ouvido novamente nesta sexta-feira (29). No momento, ele
está preso com mandado de prisão temporária.

Por fim, Monara Pires DE Moraes, de 31 anos, era descrita pela irmã como uma
pessoa companheira e divertida, destacando sua personalidade cativante. Ela enfrentou a batalha contra a dependência química ao longo de sua vida, deixando um legado de luta e persistência. Apesar das dificuldades enfrentadas, ela era lembrada com carinho e saudade por aqueles que a conheciam. Que a justiça seja feita e que sua memória seja preservada com amor e respeito.

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