Mulher entra na Justiça para retirar nome do pai que abusou dela

Mulher entra na Justiça para retirar nome do pai que abusou dela

Uma mulher entrou na Justiça para retirar o sobrenome do pai, que teria abusado sexualmente dela quando tinha 3 anos. Segundo a Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO), a ação foi protocolada no último dia 16 de abril, durante a última edição do projeto Dignidade na Rua. 

A DPE explicou que a mulher não tem contato com o pai há mais de 15 anos, mas que ela desenvolveu quadros de ansiedade que fizeram com que ela começasse a assinar seu nome apenas com o sobrenome da mãe, sem o do homem e dos avós paternos. A instituição afirma que a mulher nunca denunciou o caso por medo.

Devido ao trauma, conforme a defensoria, a mulher buscou assistência jurídica com o objetivo de retirar o nome da pessoa que havia “trago sofrimento à sua vida”. A DPE disse que os motivos que levam uma pessoa a alterar o nome podem ir além  das relações interpessoais de caráter puramente econômico. 

Para a instituição, assim como deve ser respeitado o direito previsto na Constituição Federal do reconhecimento de paternidade, também deve ser assegurado o direito da pessoa de não querer a manutenção de uma paternidade.

“No caso da assistida, o atual nome constante em sua certidão de nascimento e RG, afeta diretamente sua dignidade, trazendo péssimas lembranças, causando depressão e ansiedade, de forma a refletir negativamente em todos os aspectos da sua vida”, informou a instituição.

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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