Uma moradora de Ceilândia, de 31 anos, acompanha com atenção a caçada de Lázaro Barbosa. Ela tem muito medo. Em 2009, foi estuprada por Lázaro e o irmão dele, Deusdete, morto há cinco anos.
Na época, a dupla agiu de forma semelhante ao atual modus operandi de Lázaro. Os irmãos invadiram uma casa no Sol Nascente e fizeram a família refém. A jovem, com 19 anos, estava visitando primos e tios. Todos foram despidos e trancados no banheiro. Os dois estavam com uma espingarda e facas.
Na saída da casa, os irmãos resolveram levá-la com refém. Ao chegar em um córrego próximo, a violentaram e a agrediram. “Foram bárbaros”, recorda. A mulher lembra que ficou horas sendo subjulgada pelos irmãos até o dia amanhecer: “Comecei a ouvir barulhos de cachorros, vozes ao longe e um helicóptero passava perto. Achei que eles iam me matar, porque vi o rosto deles. Mandaram eu dar uns passos para frente e, quando virei, já não estavam mais lá”.
A mulher contou estar sem dormir e ansiosa: “Não está sendo fácil relembrar tudo o que passei”.