Mulher faz ‘vaquinha’ online para pagar tratamento de câncer após descaso do Hapvida Goiânia

Correndo risco de vida, mulher realizava 'vaquinha' online para custear tratamento após descaso de plano de saúde

Correndo risco de perder a vida, uma mulher de 39 anos precisou realizar um empréstimo e uma ‘vaquinha’ online para custear tratamento de câncer, mesmo pagando plano de saúde há mais de cinco anos. Aidany Aparecida da Silva, luta contra a doenças há mais de um ano. E neste período, além do desgaste causado pelo tratamento, ela sofre com o descaso do Hapvida Goiânia.

Em entrevista ao Diário do Estado, Aidany contou que descobriu um câncer de mama em março de 2021. Desde então, ela relata passar por dificuldades para conseguir consultas, exames e cirurgias. Inclusive, a retirada do nódulo da mama direita só foi possível após ela ameaçar tornar a situação pública, através da imprensa. Mesmo assim, ela ficou dois meses sem tratamento adequado.

“A médica que ia fazer minha operação saiu do plano. Ai por falta de médico, o nódulo que era 2,4 no meu seio, quando eu fui operar estava nove. Eu não tinha um seio mais…. Quando o plano viu que eu fui pra mídia e chamei um advogado, eles pagaram a médica para me operar”, relatou Aidany.

Após se recuperar da cirurgia, a ex-professora de dança descobriu que a doença já havia atingido o pulmão. De acordo com ela, a metástase, já em estado avançado, foi percebida durante sessões de radioterapia. O quadro delicado, segundo ela, poderia ser evitado se tivesse recebido tratamento adequado.

 

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Além disso, ao descobrir a metástase, ela precisou custear todos os exames e consultas com especialistas. Já que o plano não deu a devida assistência. Á época, ela conta que já escarrava sangue e sentia muitas dores.

Agora, ela busca o ressarcimento desse valor gasto, que fica em torno de R$ 5 mil reais, apenas de exames e consultas. Aidany chegou a dar entrada no processo e o plano pediu um prazo de 30 dias. No entanto, já se passaram dois meses e eles alegam ainda estar em análise.

Documentação enviada ao plano para comprovar gastos (Foto: Arquivo pessoal)

Mãe de três filhos menores de idade e desempregada desde a descoberta do câncer e início do tratamento. Aidany conta o Auxílio Emergencial e ajuda de amigos. Por isso, receber o ressarcimento ajudaria nos gastos com transporte para novas consultas, além de dar continuidade à quimioterapia.

Além disso, Aidany precisa fazer um teste genético para saber se o câncer já se espalhou para outras partes do corpo. No entanto, o procedimento ainda não foi autorizado pelo plano de saúde. Portanto, ela deve, novamente, arcar com os custos na rede particular para não ficar sem o tratamento adequado.

Apesar de tudo, Aidany tem esperança de vencer essa batalha.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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