Mulher finge assalto e surra de criminosos para sumir com tv de casa e pagar agiota em Anápolis

Uma mulher está sendo investigada pela Polícia Civil por falsa comunicação de crime após vender televisão de casa e alegar ter sido roubada em Anápolis. A jovem de 25 anos chegou a fingir ter sido agredida pelos supostos assaltantes. Imagens de câmera de segurança localizada próximo à casa dela ajudaram os agentes a desvendar a história.

Ela teria sido encontrada pelo pai desacordada e sem a parte de baixo da roupa na residência da família na quinta-feira, 10. Ele acionou a policiais militares e a levou a filha ao Hospital Estadual de Anápolis (Heana). A mulher disse ter tido a casa arrombada por um casal que a teria agredido com vários socos e levado a televisão.

Os investigadores viram a própria jovem carregando o aparelho “roubado”. Ela teria forjado o crime com a mãe para venderem  a televisão e pagarem uma dívida que com agiota. O caso está sendo apurado pelo Grupo Especial de Investigações Criminais de Anápolis. A mãe também também será responsabilizada criminalmente.

A comunicação falsa de crime sem indicar o suposto criminoso ou indicando pessoa que não existe está prevista no Código Penal. A pena  é de até seis meses de detenção e multa. A mentira inventada movimenta vários órgãos do Estado desnecessariamente, como delegacia, fórum e Ministério Público.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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