Mulher invade Igreja no Paraná, declara paixão por padre e ele é afastado por 30 dias

O padre da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Arapongas, no Norte do Paraná, foi afastado das funções religiosas por 30 dias para cuidar da saúde, após uma mulher invadir na última quarta-feira ,12, e se declarar para ele. Segundo relatos de moradores, ela teria uma “fixação” no padre, de quem recebia aconselhamento e teria se apaixonado.

Testemunhas e moradores do bairro afirmam que a fiel entrou na igreja portando uma arma de airsoft (não letal) e ficou trancada no banheiro por algumas horas. Na hora do incidente o padre não estava igreja. A Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Médico (Samu), foram acionados.

Após cerca de três horas de negociação, a mulher se entregou e foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O padre tinha um acordo de restrição firmado no Juizado Especial Criminal (Jecrim), do município, para que mulher que invadiu a igreja não se aproximasse dele.

Em um comunicado, nesse sábado, o Bispo Dom Carlos José de Oliveira disse que o padre passará por cuidados médicos, após ficar abalado com a situação.

“Fomos surpreendidos pelo fato lamentável ocorrido nesta semana. Sentimentos de apreensão, tristeza e questionamentos são esperados e normais em uma situação como esta. Sofremos todos: padres, leigos e o bispo diocesano. ”

“O momento não deve ser de julgamentos precipitados, nem de decisões tomadas no calor do momento. Devemos aguardar e esperar no discernimento do Espírito. O pároco Pe. Geraldino, muito abalado pelo acontecido, está sendo acompanhado e estará retirado por trinta dias. A paróquia será atendida por vários sacerdotes de nossa diocese”, acrescentou o Bispo afirmando ainda que “atividades como festas, eventos e promoções estão suspensas por enquanto.”

Em nota, a Diocese de Apucarana lamentou o ocorrido e afirmou que presta todo apoio e solidariedade ao pároco, que no momento não estava no local. A Diocese afirmou ainda que está “acompanhando toda a situação de ameaças, assédios e acusações sofridas pelo pároco há alguns meses, sendo injustas e descabidas. “

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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