Mulher morre após procedimento estético, em Anápolis

Uma mulher morreu na noite de sábado (1º) após complicações por conta de um procedimento estético para aumentar o bumbum em uma clínica clandestina na cidade de Anápolis. Ela estava internada no Hospital Municipal desde o dia 27 de março, segundo parentes.

Ronilza Johnson, 46 anos, morava na Inglaterra e estava na cidade visitando seu pai. Após indicações de amigos, a mulher teria decido fazer o procedimento. De acordo com a investigação, o biomédico responsável pela cirurgia se apresentou como médico e contou com a ajuda de um estudante de medicina para fazer intervenções no bumbum, rosto e outras partes do corpo da mulher. O biomédico teria usado polimetilmetacrilato, mais conhecido como PMMA, para fazer o preenchimento. O uso do produto não é proibido mas não é indicado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para este procedimento específico.

O produto causou infecções no corpo de Ronilza, que depois necrosaram e formaram feridas. Após passar mal, a mulher foi levada ao hospital e denunciou os suspeitos.

A Polícia Civil cumpriu o mandado de busca e apreensão na casa dos suspeitos onde foram achados indícios e provas de exercício ilegal de medicina, falsidade ideológica e crimes contra o consumidor. Também foram encontradas inúmeras substâncias que foram encaminhadas para a realização de exames periciais.

O local onde o biomédico trabalhava foi fechado pela Vigilância Sanitária por falta de alvará de funcionamento. No local, foram apreendidos cadernos com anotações e tubos para coleta e armazenamento de sangue.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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