Mulher morre depois de ser baleada dentro do Capitólio

Nesta quinta-feira, 06, uma mulher morreu após ser baleada durante os confrontos entre apoiadores de Trump que invadiram o Capitólio e policiais, conforme fontes policiais relataram à emissora NBC.

Mais cedo, o jornal “Washington Post” declarou que ela foi atingida no ombro. Outros veículos afirmaram que ela estava em estado crítico, mas não identificaram a fonte da informação.

“Mulher branca, baleada no ombro”, disse uma das pessoas que a levou para uma ambulância com paramédicos que foi ao local para prestar socorro, segundo o Washington Post. Policiais do Capitólio abriram caminho para a ambulância se aproximar.

Os confrontos foram realizados após apoiadores de Trump interromperem a sessão que iria certificar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 2020. Deputados e senadores foram retirados do prédio antes da invasão.

O presidente Donald Trump, por meio das redes sociais, pediu que os seus partidários protestassem “pacificamente”  e acreditassem na segurança americana.

Devido aos confrontos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou toque de recolher na cidade a partir das 18h (locais, 20h de Brasília), medida que ficará em vigor por 12 horas. Também foram fechados os centros de testagem para a Covid-19 até amanhã.

O governador de Virginia, Ralph Northam, declarou estado de emergência, estabelecendo toque de recolher a partir das 18 horas nas regiões de Arlington e Alexandria, próximas de Washington.

Prisões

No fim desta tarde, o chefe de polícia de Washington DC, Robert Contee, disse que 13 pessoas tinham sido detidas em razão do confronto no Capitólio. Dessas pessoas, três eram de Arlington, Virginia, e as outras de fora da região de Washington.

“Um motim foi declarado. Ficou clara a intenção da multidão em ferir nossos policiais”, relatou Contee.

Estado crítico

Conforme a CNN, um homem de 24 anos estava escalando um andaime na fachada oeste do prédio do Capitólio e caiu de uma altura de mais de 9 metros e foi levado ao hospital em estado crítico.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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