Mulher passa por cirurgias no rosto e orelhas após ataque de lontras

Uma mulher identificada sobreviveu a um violento ataque de uma lontra em um rio nos Estados Unidos. O “encontro” deixou a vítima com ferimentos que a levaram a passar por cirurgias reconstrutivas no rosto e nas orelhas. O incidente chocante ocorreu em uma noite de sexta-feira, 11, quando Jen e duas amigas se depararam inesperadamente com o animal.

Jen usou suas redes sociais para compartilhar os detalhes angustiantes do ataue, descrevendo a lontra como “cruel e implacável”. Ela relatou que, de repente, o bicho atacou, deixando-a com múltiplos ferimentos profundos. O ataque afetou não apenas o rosto de Jen, mas também seus braços, orelhas, mãos, pernas e tornozelos.

No relato, a mulher contou que o animal surgiu atrás de uma delas e iniciou o ataque sem aviso prévio. Apesar dos esforços para se defender, a lontra continuou a investida, atacando em várias partes do corpo. Somente após um árduo esforço, as três mulheres conseguiram chegar à costa do rio, momento em que a lontra finalmente se afastou.

Jen revelou que a preocupação com seus filhos foi o que lhe deu a força necessária para resistir durante o ataque. Ela compartilhou suas emoções, expressando o medo de não sobreviver para ver seus filhos crescerem e agradecendo à graça divina por sua sobrevivência. Jen e suas amigas tiveram que lutar para chegar à segurança antes de conseguirem entrar em contato com as equipes de resgate.

A situação foi ainda mais desafiadora pelo fato de as mulheres estarem em uma área remota do rio, dificultando a localização. Após um esforço hercúleo, uma das mulheres correu por mais de três quilômetros para encontrar ajuda. Jen descreveu o momento emocionante em que finalmente avistaram as luzes das equipes de resgate, após uma longa espera na escuridão.

O socorro chegou finalmente, com Jen sendo transportada de helicóptero para o hospital devido à gravidade de seus ferimentos. Enquanto suas amigas receberam atendimento no local, todas elas foram submetidas a múltiplas doses de vacina antirrábica e tratamentos médicos para garantir sua saúde. Jen enfrentou cirurgias de sutura em várias áreas do corpo, incluindo o rosto e as orelhas.

Lontras são mamíferos, que pesam de 5 a 15 quilos. Ataques são raros, mas, nessa época do ano nos EUA, os animais estão com filhotes pequenos e podem ficar agressivos para protegerem a família, segundo o estado de Montana.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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