Última atualização 22/11/2022 | 18:56
Um vídeo em circulação na internet mostra a indignação de uma mulher que perdeu a mãe durante bloqueio em uma rodovia em Pimenta Bueno, em Rondônia. Sônia, como se apresentou na gravação, estava em viagem para visitar a idosa em um hospital de Cacoal, cidade 540 quilômetros distante de Pontes Lacerda, onde ela embarcou em um ônibus de transporte intermunicipal.
“Que culpa eu tenho de política? Eu perdi a minha mãe por causa de vocês. Vocês têm noção do que eu estou sentindo agora? Não deu tempo de pegar na mão da minha mãe viva. Agora vou chegar e ver a minha mãe no caixão porque vocês não deixaram a gente passar. Por favor não faça isso com mais ninguém porque a dor que estou sentindo eu não desejo pra ninguém”, lamentou a mulher.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Rondônia tinha cinco pontos de bloqueio ou interdição em rodovias até a noite desta segunda, 21. No domingo, 20, eram 13, ao todo no estado. O grupo contrário ao resultado das eleições presidenciais que confirmaram o nome de Luís Inácio Lula da Silva (PT) retomou a estratégia na sexta-feira, 18. Um deles era onde a mulher gravou o vídeo.
O Ministério Público Federal (MPF) divulgou na semana passada uma lista de empresas e pessoas físicas envolvidas nos atos antidemocráticos, segundo o jornal Estadão. A instituição incluiu o nome de sete bolsonaristas goianos como financiadores dos protestos, de São Miguel do Araguaia e em Goianésia.
Os nomes no rol da instituição são Tales Cardoso Machado (dono de uma panificadora), Pedro Sanches Roja Neto (empresário), Leonardo Rodrigues de Jesus Soares (ex-vereador de São Miguel do Araguaia), Sandro Lopes (corretor e candidato derrotado a prefeito de São Miguel do Araguaia), Hernani José Alves, (ruralista ), Jamil El Hosni (empresário) e Rafael Luiz Ottoni Peixoto (dono uma transportadora de carga).
As contas de 43 pessoas e empresas em redes sociais supostamente ligadas ao movimentos antidemocráticas foram bloqueadas no último fim de semana após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Um outro empresário está sendo investigado pela PF a pedido do MPF em Goiás por suspeita de estar incentivando golpe militar pela internet. Ele chegou a publicar vídeos no acampamento montado por bolsonaristas em frente ao Batalhão de Operações Especiais do Exército em Goiânia.
Assista ao vídeo:
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