Mulher que raptou bebê em Uberlândia é presa mais uma vez por ‘comprar’ outra criança
Em mais um caso chocante envolvendo sequestro de crianças, uma mulher de 49 anos, que já havia sido anteriormente presa em 2023 por fugir com um bebê recém-nascido em Uberlândia, voltou a ser alvo da polícia. Desta vez, foi detida em flagrante, em Muriaé, sob suspeita de tráfico de pessoas e falsidade ideológica, após “comprar” um bebê em Guarapari, no Espírito Santo.
A polícia agiu após receber informações de que a mulher estava em posse do bebê, que tinha apenas 8 dias de vida. Ao chegar à residência dela, localizada na Zona da Mata, encontraram a criança, que foi encaminhada para uma casa de acolhimento e passa bem. A prisão ocorreu na semana passada e o inquérito policial ainda está em andamento para esclarecer se a investigada atuava com cúmplices.
Segundo o delegado de plantão da Polícia Civil, Luis Cláudio Freitas do Nascimento, um vizinho suspeitou da situação ao ver a mulher chegando em casa com o recém-nascido e acionou o Conselho Tutelar, o que levou à prisão da suspeita. A mãe biológica do bebê também foi detida em Guarapari por ter supostamente “entregado o filho diante de recompensa” e por falsificar informações.
No relato da mãe biológica, ela conheceu a investigada por meio das redes sociais em julho de 2024 e a mineira viajou até o Espírito Santo para participar do parto da criança. Após cinco dias, as duas foram ao cartório registrar o bebê e a autora fez depósitos diários para a mãe biológica. O esquema ilegal foi descoberto quando a mulher chegou a Muriaé com o bebê, sendo denunciada em seguida.
Esse não foi o primeiro caso envolvendo a mulher, que já havia sequestrado uma recém-nascida em Uberlândia em 2023 e a levado para Muriaé. Na ocasião, ela foi indiciada por ‘subtração de criança’, mas acabou sendo liberada após um alvará de soltura. A genitora da criança venezuelana havia inicialmente concordado em entregar o bebê, mas mudou de ideia logo em seguida.
O esquema de adoção ilegal praticado pela investigada chocou a população e repercutiu em todo o estado. A mulher já havia sido presa anteriormente por esse tipo de crime, demonstrando um padrão de conduta reincidente. Agora, ela deve responder por tráfico de pessoas e falsidade ideológica, crimes graves que podem resultar em penas severas.
A polícia segue investigando para esclarecer todos os detalhes desses crimes e garantir a proteção das crianças envolvidas. É fundamental combater atos de violência como esses e garantir a segurança e integridade das crianças em nosso país. A atuação rápida das autoridades e o apoio da população são essenciais para prevenir e punir casos como esses, protegendo os mais vulneráveis. O Diário do Estado continua acompanhando o desenrolar desses casos e fornecendo informações atualizadas à população.