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Mulher que arrancou dedo de policial se defendia de tortura, diz defesa

Última atualização 08/02/2023 | 16:55

Na versão da defesa da mulher que arrancou o dedo de um policial militar com uma mordida, ela praticou o ato após uma suposta tortura por parte dos dois agentes que fizeram a abordagem. De acordo com o advogado Gabriel Celestino, a mulher estava sendo agredida e agiu em legítima defesa. O caso ocorreu em uma distribuidora de bebidas de Aparecida de Goiânia.

A versão da defesa

Segundo a defesa, dois PMs abordaram-nas e deram voz de prisão à segunda mulher por desacato. Gabriel Celestino afirma que tratou-se de uma abordagem ilegal, e por isso ela teria começado a filmar o momento. Em seguida, o PM tentou algemá-la.

“Por causa disso, uma delas passou a intervir e pedir para não algemarem a outra, sendo que nessa oportunidade o policial passou a agredi-la. Durante as agressões, a primeira mordeu o dedo do PM e acabou arrancando um pedaço. A mordida foi somente para se defender da tortura que estava sofrendo, tanto que após isso ela passou a ser agredida ainda mais”, conta o advogado ao Diário do Estado (DE).

Ainda de acordo com Gabriel Celestino, a mulher foi colocada no camburão e ainda teve seu rosto lavado com soro fisiológico, bem como teve um celular jogado em sua face. Decretou-se a prisão preventiva das duas, mas Gabriel e o advogado Farley Sales solicitaram e o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) optou pela soltura de ambas.

Versão dos policiais

Segundo a Polícia Militar (PM), as mulheres foram abordadas por dois policiais militares em uma distribuidora de bebidas, no setor Colina Azul, e não aceitaram perguntas feitas pela polícia.

Consta na ocorrência que a agressora fumava cigarro enquanto dizia que o subtenente e o parceiro não eram competentes e que deveriam ir para outros lugares. Ela teria chegado a soprar fumaça no rosto do militar, que por sua vez deu voz de prisão para ela e para a mulher que a acompanhava.

Enquanto a mulher de 26 anos era algemada, a companheira dela começou a agredir o militar que, na tentativa de se defender, colocou as mãos na frente do rosto. Foi nesse momento que ele teve o dedo decepado e o chegou a cair no chão, ainda brigando com as mulheres até que o parceiro conseguiu controlar a situação.