Mulher que arrancou dedo de policial se defendia de tortura, diz defesa

Mulher que arrancou dedo de policial se defendia de tortura, diz defesa

Na versão da defesa da mulher que arrancou o dedo de um policial militar com uma mordida, ela praticou o ato após uma suposta tortura por parte dos dois agentes que fizeram a abordagem. De acordo com o advogado Gabriel Celestino, a mulher estava sendo agredida e agiu em legítima defesa. O caso ocorreu em uma distribuidora de bebidas de Aparecida de Goiânia.

A versão da defesa

Segundo a defesa, dois PMs abordaram-nas e deram voz de prisão à segunda mulher por desacato. Gabriel Celestino afirma que tratou-se de uma abordagem ilegal, e por isso ela teria começado a filmar o momento. Em seguida, o PM tentou algemá-la.

“Por causa disso, uma delas passou a intervir e pedir para não algemarem a outra, sendo que nessa oportunidade o policial passou a agredi-la. Durante as agressões, a primeira mordeu o dedo do PM e acabou arrancando um pedaço. A mordida foi somente para se defender da tortura que estava sofrendo, tanto que após isso ela passou a ser agredida ainda mais”, conta o advogado ao Diário do Estado (DE).

Ainda de acordo com Gabriel Celestino, a mulher foi colocada no camburão e ainda teve seu rosto lavado com soro fisiológico, bem como teve um celular jogado em sua face. Decretou-se a prisão preventiva das duas, mas Gabriel e o advogado Farley Sales solicitaram e o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) optou pela soltura de ambas.

Versão dos policiais

Segundo a Polícia Militar (PM), as mulheres foram abordadas por dois policiais militares em uma distribuidora de bebidas, no setor Colina Azul, e não aceitaram perguntas feitas pela polícia.

Consta na ocorrência que a agressora fumava cigarro enquanto dizia que o subtenente e o parceiro não eram competentes e que deveriam ir para outros lugares. Ela teria chegado a soprar fumaça no rosto do militar, que por sua vez deu voz de prisão para ela e para a mulher que a acompanhava.

Enquanto a mulher de 26 anos era algemada, a companheira dela começou a agredir o militar que, na tentativa de se defender, colocou as mãos na frente do rosto. Foi nesse momento que ele teve o dedo decepado e o chegou a cair no chão, ainda brigando com as mulheres até que o parceiro conseguiu controlar a situação.

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