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Mulher que ateou fogo em estudante é denunciada por tentativa de homicídio qualificado

Última atualização 07/05/2018 | 16:03

“Ela ateou fogo dentro do carro, sem dúvida nenhuma, ela queria matar a menina. Até agora não há nenhum elemento que diga a motivação. A denunciei por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por meio cruel devido ao uso de fogo e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, visto que a pegou desprevenida”

A mulher que ateou fogo na estudante de farmácia Beatriz Carneiro, de 20 anos, dentro do carro da vítima, deixou o presídio de Iporá com a condição de que seja internada em uma clínica para tratamento psiquiátrico. Fabiana dias da Silva, de 38 anos, responde por tentativa de homicídio duplamente qualificada.

O crime aconteceu no dia 16 de março, após Beatriz comprar pães em São Luís de Montes Belos, a 120 km de Goiânia, onde mora. A suspeita quebrou o vidro do carro dela, jogou álcool e ateou fogo. Fabiana foi detida no mesmo dia. “Ela ateou fogo dentro do carro, sem dúvida nenhuma, ela queria matar a menina. Até agora não há nenhum elemento que diga a motivação. A denunciei por tentativa de homicídio duplamente qualificada, por meio cruel devido ao uso de fogo e por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, visto que a pegou desprevenida”, disse o autor da denúncia o promotor de Justiça Deusivone Campelo Soares.

Ainda segundo o promotor de Justiça, ela usou do direito de ficar em silêncio durante a instrução do processo e os advogados afirmaram que ela possui esquizofrenia. O alvará de soltura foi expedido na última quinta-feira (3), deixando a cadeia no mesmo dia. A defesa da mulher, não se pronunciou a respeito do assunto.

Ataque

A primeira avaliação médica logo após o crime constatou que Beatriz teve 45% do corpo queimado. Porém, após uma nova análise dos médicos, esse índice caiu para 20%. A jovem passou por cerca de 20 procedimentos após o ataque e segue em tratamento. O delegado Victor Avelino concluiu o inquérito do caso e indiciou Fabiana por tentativa de homicídio no dia 26 de março. Já em 9 de abril, o promotor de Justiça a denunciou, e a ação foi aceita pelo juiz Peter Lemke Schrader.