Mulher que matou a companheira a facadas vai a júri segunda-feira (16)

júri

Denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), Maria Pureza Angélica de Santana será julgada na segunda-feira (16), a partir das 8h30, pela 3ª Vara de Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, pela morte de sua companheira, Irineuza Aparecida dos Santos Santana, em 2018.

O promotor de Justiça Maurício Gonçalves de Camargos representará o MPGO na sessão, que ocorrerá no Fórum Criminal da capital, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara. De acordo com a denúncia, oferecida pela 93ª Promotoria de Justiça de Goiânia, o crime ocorreu na madrugada de 22 de julho de 2018, em uma casa no Residencial Senador Albino Boaventura. Maria Pureza e Irineuza viviam em união estável no imóvel.

Segundo o MPGO, as duas faziam uso habitual de drogas e bebidas alcoólicas. A relação das duas era conturbada e elas se desentendiam com frequência. No dia do crime, narra a denúncia, as duas faziam uso de drogas, quando a substância acabou. Então, decidiram sair para comprar e não encontraram.

Por não mais possuir o entorpecente, Irineuza ficou agressiva e nervosa. As duas se desentenderam e entraram em luta corporal. Maria Pureza atingiu a vítima com um golpe de faca na coxa esquerda e outro no rosto. De acordo com o laudo pericial, Irineuza morreu porque a facada atingiu a artéria femural.

Conforme relatado na denúncia, Maria Pureza, mesmo tendo notado o intenso sangramento da vítima, não providenciou qualquer tipo de socorro e permaneceu no local até que ela morresse em razão de choque hipovolêmico, demonstrando, assim, o desejo da morte.

Ao amanhecer, quando a vítima já havia falecido, Maria Pureza foi solicitar ajuda ao vizinho, na residência ao lado, onde deixou a faca utilizada para cometer o crime. O instrumento foi apreendido pela Polícia Civil.

Texto: João Carlos de Faria/Assessoria de Comunicação Social do MPGO

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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