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Mulher que matou filhas a facadas não tinha noção do que estava fazendo

Última atualização 15/02/2023 | 10:11

A dona de casa Izadora Alves de Faria, de 31 anos, que foi acusada de matar as duas filhas a facadas, em Edéia, no dia 27 de setembro de 2022, pode responder pelo crime em liberdade. Isso porque, segundo o laudo pericial feito pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), a mulher sofre de transtorno psicótico e no dia do crime era incapaz de entender ou compreender o que estava fazendo.

As características, inclusive, podem fazer com que ela seja considerada inimputável penalmente. Izadora matou as filhas Maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 4, a facadas na casa em que moravam, após envenená-las e afogá-las. As vítimas foram encontradas já sem vida pelo pai em cima de um colchão. A mulher, por outro lado, foi presa horas depois em um matagal enquanto tentava se suicidar. 

Izadora foi internada um dia depois de ser presa, mas os exames de insanidade mental foram feitos apenas no dia 7 de fevereiro deste ano. O laudo afirma que a dona de casa possui transtorno mental alienante com alteração do juízo da realidade, apresentando delírios e alucinações, e que a situação é anterior à morte das filhas. 

Também indica que ela precisa de internação psiquiátrica porque os sintomas não estão controlados e sugere acompanhamento pelo Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili), desenvolvido pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) desde 2006. Ela, inclusive, segue aguardando o julgamento em uma clínica psiquiátrica. 

Procurou ajuda 

Ao ser ouvida durante a perícia, Izadora contou que chegou a procurar um psicólogo duas vezes, aos 24 e 28 anos, por estar ouvindo vozes e tendo alucinações. Disse ainda que estas vozes a conduziam para fazer algumas coisas. Na época do crime, segundo ela, as vozes teriam afirmado que o marido dela e pai das crianças estava abusando das filhas e que nesta situação pensou em se matar e levar as filhas juntos. 

Uma familiar que também foi entrevistada afirmou que meses antes do crime a dona de casa falava que queria uma arma para se defender. O relato sobre a arma coincide com o que foi apurado pela Polícia Civil (PC), mostrando que ela chegou a vir para Goiânia atrás de um artefato desse tipo. Na mesma época, Izadora também teria dito que queria se internar, mas o pedido não foi atendido pela família.

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