Mulher que teve braço decepado por foice teve membro reimplantado e recebe alta

Duas semanas após ter o antebraço amputado ao tentar separar uma briga do marido com o vizinho, em Anápolis, Valcilene Barbosa, de 48 anos, ganhou alta nesta sexta-feira (20) após ter o membro reimplantado por profissionais do Hospital de Urgências Governador Otávio de Siqueira (Hugol), em Goiânia. Ao deixar a unidade de saúde em uma cadeira de rodas, a mulher expressou a gratidão por ter o braço novamente.

“Estou muito feliz, o que estou sentindo não tem nem como explicar. É uma emoção muito grande, tenho meu membro de volta. O hospital aqui me tratou muito bem, não me faltou nada. Só tenho a agradecer. Agora é seguir em frente, cada dia é uma nova etapa. Abraço a Deus e as equipes que lutaram pela minha vida. A emoção que estou sentindo e tão grande que não consigo descrever”, contou.

A filha de Valcilene, Beatriz Soares, explicou que a mãe irá precisar passar por um longo período de reabilitação para recuperar os movimentos do braço. Ela também contou que a Valcilene ainda está muito abalada com tudo que aconteceu.

“Ela está com trauma, não quer voltar para casa. Estamos procurando uma casa para alugar e depois vamos vender nossa casa para comprar outra”, contou.

Reimplante

O médico ortopedista Frederico Faleiro, destacou que a vítima recebeu um atendimento muito rápido desde o resgate pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até a transferência para o Hugol. Em duas horas após ter o antebraço amputado, ela já estava entrando em cirurgia, o que aumentou as chances de sucesso.

“A cirurgia de reimplante é sempre uma tentativa. Felizmente, o caso dela correu tudo bem. O membro amputado foi colocado em um saco e, depois, colocado no gelo para conservar. A função nunca vai ser igual, mas com tratamento conseguimos bons resultados”, explicou.

Crime

Valcilene teve o membro amputado enquanto tentava separar uma briga do marido com o vizinho, João Batista Rodrigues, de 61 anos, no último dia 6. Ela foi atingida por uma foice e acabou tendo o antebraço amputado. A discussão começou por conta de um desentendimento provocado por um lixo que havia sido colocado em um lote vago que existe entre a casa da vítima e do idoso. João segue preso por tentativa de homicídio.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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