Mulher registra BO ao ser agredida, ameaçada de morte e mantida em cárcere privado

Uma mulher de 25 anos registrou um boletim de ocorrência ao ser agredida e ameaçada de morte pelo ex-marido no bairro Santa Bárbara, zona oeste de Sorocaba (SP), na terça-feira (14). Em uma das agressões, ela levou uma cabeçada em frente ao local onde trabalha. Até esta sexta-feira (17), o suspeito não havia sido localizado.

À DE, a vítima, que preferiu não se identificar, afirma que este é o segundo boletim de ocorrência registrado contra o homem. Ela conta que foi casada com ele durante oito anos e, sempre que se desentendiam, era agredida de forma física e verbal.

“Eu era agredida de todas as formas em qualquer briga e, no final de 2023, decidi me separar. No começo, eu sofria e, às vezes, queria reatar por conta da dependência emocional. Em agosto de 2024, arrumei um emprego freelancer em um bar e, a partir daí, ele passou a ter muitas crises de ciúmes”, relata.

Durante o matrimônio, o casal teve um filho, hoje com quatro anos. Ela conta que, em setembro, eles tiveram uma discussão por conta da criança e, ao se aproximar da casa do suspeito para buscá-la, foi agredida e mantida em cárcere privado.

“Neste mês, ele buscou meu filho na minha casa enquanto eu trabalhava. Ele me ligou por diversas vezes me xingando de vários nomes, falando que ele [o filho] não estava dormindo no período que eu estava fora. Quando fui buscá-lo, meu ex-marido estava com uma barra de ferro na mão”, conta.

“Eufófi para a casa da mãe dele e, enquanto eu tentava segurar a criança, fui agredida. Ele me prendeu para o lado de dentro da casa e fui liberada só no dia seguinte, quando meu filho pediu para ir embora. Então, eu fui na delegacia e abri meu primeiro boletim de ocorrência”, complementa.

Suspeito teria ameaçado mulher e filho de morte — Foto: Reprodução/WhatsApp

Mesmo depois do primeiro boletim, a vítima alega que o homem continuou a persegui-la, chegando a invadir sua casa. Durante o período, ela, os pais e o filho foram ameaçados de morte pelo homem por meio de mensagens nas redes sociais.

“Ele entrou na minha casa quando eu não estava e roubou meu carregador, meu tênis e só devolveu no outro dia. Frequentemente, ele vai na porta do meu trabalho, fica me vendo trabalhar, já agrediu pessoas que se envolveram comigo depois do nosso término. Outras vezes, ele me esperou chegar do serviço para me bater na rua”, relata.

Em uma das ocasiões, a agressão foi registrada por uma câmera de segurança do local onde a vítima trabalha. Nas imagens, é possível ver que ele carrega a criança no colo, se aproxima e dá uma “cabeçada” na mulher (assista acima).

“Neste dia, ele colocou meu filho no carro e me mandou mensagens dizendo que ia matá-lo e se matar em seguida. Já apertei o ‘botão do pânico’, oferecido pela Guarda Municipal, diversas vezes. Mas a viatura demora muito para chegar e, quando chega, ele já foi embora”, lamenta.

A vítima ainda afirma que, no mês seguinte às agressões, conseguiu uma medida protetiva contra o rapaz. Mesmo com ordem das autoridades, o suspeito utilizava as redes sociais e o filho do casal para tentar manipular a vítima. Em janeiro, ele chegou a anunciá-la nas redes sociais como garota de programa.

“Hale alenha mas eu, enquanto eu tentava mnha, fui agredida.ata”, complementa.