Conhecida por ser mantida durante 38 anos em condições de trabalho análogas à escravidão e resgatada somente em 2020, Madalena Gordiano, de 48 anos, aceitou a proposta oferecida pela família a qual trabalhava de uma indenização de R$ 690.100. Inicialmente, o valor pedido pela vítima era de R$ 2.224.078,81 em direitos trabalhistas. A proposta foi aceita sete meses após conquistar sua liberdade.
O acordo leva em conta somente a relação trabalhista e tinha como réus o professor universitário Dalton Milagres Rigueira, sua esposa, Valdirene Lopes Rigueira, e as filhas do casal, Bianca Lopes Milagres Rigueira e Raíssa Lopes Fialho Rigueira. O acordo já é considerado o maior, em casos individuais, feitos pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a um resgatado por trabalho análogo ao escravo.
O pagamento não será feito em dinheiro e sim em um imóvel da família que foi avaliado no valor da indenização.
Madalena foi resgatada em novembro de 2020 na casa dos acusados em Patos de Minas, munícipio de Minas Gerais em uma ação realizada em conjunto pelo MPT, Auditoria-Fiscal do Trabalho (AFT) e Polícia Federal após uma denúncia.