Mulher resgatada após cárcere privado pelo companheiro: o que se sabe sobre o caso no Paraná

Após denúncia e pedido de socorro, mulher mantida em cárcere privado pelo companheiro no Paraná é resgatada

Vítima estava com ferimentos em diversas partes do corpo. Homem tem histórico criminal de violência doméstica e estupro.

Uma mulher de 24 anos foi mantida em cárcere privado pelo companheiro em Sarandi, no norte do Paraná, de acordo com a Guarda Civil Municipal (GCM). Ela foi resgatada após uma denúncia, nesta quinta-feira (26).

Em entrevista à RPC, Fábio Berti, supervisor da GCM de Sarandi, explicou que a denúncia foi feita por uma pessoa que conhece a mulher. A mesma pessoa estava esperando os guardas municipais em frente à casa da vítima, no Parque Residencial Nova Aliança.

Na casa, o supervisor conta que encontraram um quarto trancado. Eles ouviram a mulher pedindo socorro de dentro do cômodo, momento em que arrombaram a porta.

A vítima foi encontrada deitada em um sofá, com ferimentos no rosto, braços, tórax e pernas. O homem se escondeu entre roupas e móveis que estavam no local, antes de tentar agredir os guardas, segundo a GCM.

Ele foi atingido por um disparo de arma de choque e depois imobilizado.

A GCM informou que o homem, que não teve a identidade divulgada, agrediu a mulher usando diversos objetos, como fios. Ele também ameaçou matá-la usando uma picareta, que foi encontrada em cima da mesa do cômodo em que ela estava trancada.

Ele foi preso em flagrante. Não foi informado há quantos dias a vítima estava sendo agredida e mantida em cárcere privado.

O homem tem histórico criminal de violência doméstica, estupro e resistência à prisão. A vítima já teve uma medida protetiva contra ele, mas retirou. O supervisor da GCM também disse em entrevista que vizinhos relataram que não escutavam gritos ou pedidos de socorro.

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Menino com TEA liga para diretora após mãe ser morta pelo ex: ‘Ele confiava em mim como amiga’

Diretora que recebeu pedido de ajuda de autista que viu mãe ser morta diz que menino confiava nela: ‘me chamava de amiga’

A mãe dele, de 28 anos, foi morta pelo ex-companheiro Marcelo Alves Feitoza, em São Jerônimo da Serra, na segunda-feira (6).

Criança pede socorro por telefone após mãe ser morta, no norte do estado

A diretora Edina Gobbo, que recebeu pedido de ajuda do menino de nove anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao ver mãe ser morta em São Jerônimo da Serra, no norte do Paraná, disse que o menino confiava nela. Além disso, ela conta era chamada de amiga pelo garoto.

A mãe dele, Anna Luiza Bezerra, de 28 anos, foi morta pelo ex-companheiro Marcelo Alves Feitoza, que foi preso horas depois do crime. O menino testemunhou a cena e pegou o celular da mãe para pedir ajuda para a diretora.

Edina conta que acompanhou o desenvolvimento escolar do garoto em 2024, que além do TEA, também tem Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e baixa visão. Em qualquer sinal de problema na escola, a orientação da própria mãe era de que ele procurasse pela diretora.

Foi a recomendação que o menino seguiu ao pegar o celular da mãe e ligar para Edina. Ela se preparava para sair de casa quando o telefone tocou. “Eu vi o nome da Anna no meu celular e atendi achando que era ela. Foi quando eu ouvi a voz dele e ele disse que a mãe estava morta e contou tudo que aconteceu. Eu levei um susto, pois uma criança de nove anos me ligar dessa maneira e contar tudo”, contou a diretora.

Edina conta que tentou acalmar o menino que chorava muito e, ao mesmo tempo, acionou a Polícia Militar e a secretaria de saúde da cidade. A diretora diz que se assustou com a brutalidade do caso. “É uma família conhecida daqui. É chocante ver o que um homem fez um com uma mãe de uma criança especial. É de doer a alma”, afirmou.

A diretora disse que está pronta para ajudar e vai seguir acompanhando o menino, não só em questões relacionadas à escola, mas também como amiga.

De acordo com o delegado Flávio Junqueira, há pouco mais de um mês, Anna Luiza havia terminado o relacionamento de seis anos com Marcelo. A polícia acredita que isso motivou o crime. Ele foi encontrado pelos policiais enquanto estava saindo de casa em um carro, no distrito de São João do Pinhal. Segundo o delegado, ele aparentava estar fugindo.

Testemunhas ouvidas pelo delegado relataram que o relacionamento entre os dois era conturbado, e após o término, ele insistia em reatar o relacionamento. Marcelo também foi ouvido pelo delegado, mas não confessou o crime. Apenas disse que tinha ido até a zona rural para negociar um porco.

O filho de Anna Luiza foi ouvido com a ajuda de uma psicóloga do município, que produziu um relatório sobre o depoimento dele para a Polícia Civil. Segundo a polícia, o menino disse que o homem que matou a mãe estava encapuzado na hora do crime e que ouviu a mãe dizer o nome do homem diversas vezes enquanto era agredida.

Anna Luiza foi sepultada nesta terça-feira (7) no cemitério de Santa Cecília do Pavão, no norte do Paraná. O filho dela está aos cuidados de familiares. Veja mais notícias em DE Norte e Noroeste.

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