Mulher sobrevive após carro ficar preso em fenda de ponte desabada entre TO e MA

“Estarmos aqui é um milagre”, diz mulher que ficou com carro preso em fenda após ponte entre TO e MA desabar

Ponte desabou entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) e as buscas pelos desaparecidos segue no Rio Tocantins. O carro em que Laís Lucena estava ficou preso em uma fenda que abriu na ponte e continua no local.

Sobrevivente que ficou com carro preso após queda da ponte JK explica como se salvou

A família que estava dentro do carro preso em um rachadura na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, viu o momento em que um dos caminhões caiu durante o desabamento. Laís Lucena estava com o marido e a cunhada quando a estrutura cedeu. Imagens feitas por drone mostram o veículo no meio da fenda que se abriu na ponte. Laís descreveu o sentimento após ver outros veículos desabarem junto com a estrutura.

> “Para nós estarmos aqui hoje é um milagre. Não temos explicação de como a gente conseguiu sair dali, porque só Deus que nos orientou. Não deu tempo de pensar o que tinha que fazer, a gente só saiu correndo e pulando as rachaduras. Inacreditável essa tragédia infelizmente com vítimas. E hoje a minha vida é um milagre de Deus”, contou.

No momento em que a estrutura começou a ceder, carros que estava atrás de um dos caminhões começaram a dar ré, incluindo o que a Laís estava. Depois que o veículo ficou preso, ela e os familiares correram para sair da ponte.

“A gente viu a cena do caminhão caindo e a reação do meu esposo foi de dar a ré. Os outros carros começam a dar ré. Quando o nosso carro enganchou naquela rachadura imediatamente a gente saiu do carro. A porta da minha cunhada estava travada, ela saiu por outra porta. O meu esposo saiu pela minha porta. Quando a gente saiu do carro, nos deparamos com a situação na nossa frente, do resto da ponte toda rachada e a gente saiu correndo, pulando os lugares das rachaduras até chegar no local que não tinha mais risco”, explicou.

O veículo ainda não foi retirado da ponte e as buscas pelas vítima já duram cinco dias. Até as 8h30 desta quinta-feira (26), onze pessoas estão desaparecidas e seis corpos foram encontrados no rio Tocantins. Um homem foi resgatado com vida no último final de semana. A ponte desabou na tarde de domingo (22), após o vão central ceder.

No vídeo é possível ver a situação da estrutura que ainda resistiu após o vão central ceder. Além do carro de passeio que ficou preso em uma parte do asfalto que rachou, há caminhões que também ficaram no local.

A ponte foi inaugurada em 1960 e servia de travessia entre os estado do Tocantins e Maranhão para atender o corredor Belém-Brasília, passou por reparos no final dos anos 90 e precisava de novas obras.

O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) afirmou que busca apoio financeiro do governo federal para viabilizar a travessia entre Aguiarnópolis e Estreito. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (25), em entrevista ao vivo para o Jornal Anhanguera 2º Edição e, a princípio, o serviço deverá ser gratuito.

Desde o momento da ocorrência a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está controlando trânsito na região e dando rotas alternativas para quem precisaria passar pela ponte. O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador de Aguiarnópolis, Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao DE, ele contou que está em choque e que estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias do local.

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Fósseis de dinossauro inédito de 100 milhões de anos descobertos no Maranhão: Novidades científicas em 2025

Fósseis de 100 milhões de anos encontrados no Maranhão são de espécie de
dinossauro inédita para a ciência

Informação foi divulgada pelo pesquisador responsável pela análise dos ossos do
animal, que foram encontrados na obra de uma ferrovia, em 2021.

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão —
Foto: Divulgação/Brado

Três anos após o achado de ossos bem preservados de um dinossauro em Davinópolis, no Sudoeste do Maranhão, os pesquisadores já puderam concluir que se trata de uma espécie ainda desconhecida pela ciência, que possui cerca de 100 milhões de anos.

A análise dos fósseis está sendo coordenada pelo paleontólogo Elver Luiz Mayer,
na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). Ao DE, ele conta
que as pesquisas ainda poderão trazer outras novidades.

“Esses fósseis representam um dinossauro, espécie distinta, do grupo dos
saurópodes, e que verificamos que se trata realmente de uma espécie nova. Além
disso, verificamos que existe uma afinidade, um parentesco, entre esse
dinossauro do Maranhão e de um dinossauro de outro país. Ainda não posso dizer,
pois são informações preliminares e os resultados científicos estão sendo
finalizados e os resultados devem sair no início de 2025”, declarou o
pesquisador.

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão —
Foto: Divulgação/Brado

O saurópode é um tipo de ‘titanossauro’ caracterizado por ter pescoço longo,
cabeça pequena, e ser herbívoro. Alguns podiam atingir até oito metros de
altura, 20 metros de comprimento e pesar 40 toneladas. No caso do ‘dinossauro de
Davinópolis’ a estimativa é de 18 metros de comprimento.
(enviar para o pará)

“O processo de análise dos fósseis envolveu primeiramente uma etapa para
determinar quais partes do corpo do animal estavam efetivamente estavam
representadas. A partir disso, podemos fazer comparações entre o dinossauro do
Maranhão e DE outros dinossauros já descritos na literatura científica em um
período correlato, em torno de 100 milhões de anos”, afirma Elver.

Paleontólogo Elver Luiz Mayer, com os ossos do ‘dinossauro de
Davinópolis’ — Foto: Arquivo pessoal

‘Arrudatitan maximus’, espécie do grupo titanossauro, viveu há 85 milhões
de anos no interior de São Paulo — Foto: Ariel Milani Martine/Arte/Divulgação

Além de finalizar a pesquisa, o próximo passo é preparar os fósseis para
devolvê-los ao Maranhão, onde deverão ser expostos no Centro de Pesquisa de
História Natural e Arqueologia, em São Luís.

“Agora, as análises estão concentradas na anatomia microscópica dos fósseis,
porque os padrões celulares e as alterações observadas podem nos dar respostas
sobre perguntas, como era o metabolismo e o crescimento desse animal? Quais eram
os fatores ambientais que favoreceram que aqueles grandes ossos se preservassem
como fósseis? Nossas pesquisas estão avançando nesse sentido”, conclui o
paleontólogo.

O ACHADO

O achado do ‘Dinossauro de Davinópolis’ aconteceu em abril de 2021, após a
primeira escavação, durante a construção de uma ferrovia realizada por uma
empresa privada. Já a retirada dos fósseis aconteceu no mês de junho daquele
ano.

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão —
Foto: Divulgação/Brado

Região onde foram encontrados os fósseis de dinossauro, em Davinópolis —
Foto: Divulgação/Brado

O funcionários da ferrovia entraram em contato com pesquisadores e o professor e
paleontólogo Elver Luiz Mayer, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
(Unifesspa), foi quem enviou equipes ao local. Na região, foram encontrados um
fêmur de mais de 1,5 metro, patas, costelas, além de vértebras do animal.

“Encontramos o material bem concentrado, uma densidade de fósseis em um área
muito pequena. Não dá pra dizer que são do mesmo animal, mas como não
encontramos pedaços iguais, então há indicativos de que é possível que seja do
mesmo dinossauro”, afirmou o professor.

Pedaço de osso de dinossauro encontrado em Davinópolis, no Maranhão —
Foto: Divulgação/Brado

Todos os ossos encontrados em Davinópolis foram encaminhados para a Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará, onde são analisados pelas equipes do professor
Elver Luiz.

DINOSSAUROS NO MARANHÃO

Repórter Mirante destaca o crescimento do Paleoturismo no Maranhão

No Maranhão, os fósseis encontrados em abril de 2021 foram os primeiros achados
na região de Davinópolis, mas não é o primeiro titanossauro encontrado no
estado. A mesma espécie já teve fóssil encontrado na Ilha do Cajual, perto da
cidade de Alcântara.

Representação do titanossauro e pedaço de vértebra encontrado na Ilha de Cajual,
no Maranhão, nos anos 90 — Foto: Manuel Alfredo

A descoberta de mais vestígios desse grupo de dinossauros abre caminho para o
entendimento da evolução desses animais no Maranhão e DE Brasil.

“Já encontramos fósseis de titanossauro na região da Ilha do Cajual, que fica
próximo a São Luís, com 97 a 95 milhões de anos, coletados nos anos 90. Mas a
descoberta é sempre de pedaços pequenos, quebrados e isolados. Esse de
Davinópolis possui membros encontrados mais próximos e mais preservados”,
afirmou o paleontólogo da Universidade Federal do Maranhão, Manuel Alfredo.

Representação de titanossauro no Centro de Pesquisa e História Natural e
Arqueologia do Maranhão — Foto: Reprodução/TV Mirante

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